A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma é eleita a primeira mulher presidente do Brasil, aponta Datafolha

Dilma Rousseff (PT) é a primeira mulher presidente do Brasil, segundo o Datafolha.

CANDIDATURA

Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República.
Em 31 de março deste ano, Dilma deixou a Casa Civil para entrar na pré-campanha.
Cresceu nas pesquisas e chegou a ter mais de 50% dos votos válidos em todas elas, mas começou a oscilar negativamente dias antes do primeiro turno, após a revelação dos escândalos de corrupção na Casa Civil e da entrada do tema do aborto na campanha.
Logo no primeiro debate do segundo turno, reagiu aos ataques que vinha sofrendo e contra-atacou Serra. A partir daquele momento, a diferença entre os dois candidatos nas pesquisas parou de cair.
Dilma se torna neste domingo o 40º presidente da República brasileira.



NOME FORTE

Dilma tornou-se um nome forte para disputar o cargo ao assumir o posto de ministra-chefe da Casa Civil, em junho de 2005, após a queda de José Dirceu no escândalo do mensalão.
No comando da Casa Civil, Dilma travou uma intensa disputa com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por causa da política econômica do governo. Enquanto ele defendia aperto fiscal, ela pregava aceleração nos gastos e queda nos juros.
Dilma acabou assistindo à queda de Palocci, em março de 2006, devido à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Com a reeleição de Lula e sem grandes rivais à altura no PT, Dilma tornou-se, depois do presidente, o grande nome do governo.
Apesar do poder acumulado e do protagonismo que passou a exercer ao lado de Lula, até outubro de 2007 Dilma negava que seria candidata.

MINAS E ENERGIA

Sua atuação à frente do Ministério de Minas e Energia rendera-lhe a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enxergou na subordinada, de perfil discreto e trabalhador, a substituta ideal para o posto de Dirceu.
Ela foi indicada para o ministério logo após Lula se tornar presidente, em 2002. No comando da pasta, anunciou novas regras para o setor elétrico além de lançar o programa Luz para Todos --uma das bandeiras de sua candidatura.
O novo marco regulatório para o setor elétrico --lançado em 2004-- foi considerado a primeira iniciativa do governo Lula, na área de infra-estrutura, de romper com os padrões do governo FHC, marcado pelo "apagão" de 2001.
A principal característica do novo marco foi o aumento do poder do Estado em detrimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

ORIGEM

O pai de Dilma, Pedro Rousseff, veio para a América Latina na década de 30 do século passado. Viúvo, deixara um filho, Luben, na Bulgária. Passou por Salvador, Buenos Aires e acabou se instalando em São Paulo. Fez negócios na construção civil e com empreitadas para grandes empresas, como a Mannesmann.
Já estava havia cerca de dez anos no Brasil quando, numa viagem a Uberaba, conheceu a professora primária Dilma Jane Silva, nascida em Friburgo (RJ), mas radicada em solo mineiro. Casaram-se e tiveram três filhos. Igor nasceu em janeiro de 1947, Dilma, em dezembro do mesmo ano, e Zana, em 1951. A família escolheu Belo Horizonte para morar.
Levavam uma vida confortável. Passavam férias no Espírito Santo ou no Rio. Às vezes, viajavam de avião. Não era uma clássica família tradicional mineira. Os filhos não precisavam ter uma religião. Escolhiam uma fé se assim desejassem. O pai frequentava cassinos, gostava de fumar e beber socialmente.
Quando morreu, em 1962, Pedro deixou a família numa situação tranquila. Cerca de 15 bons imóveis garantem renda para a viúva Dilma Jane até hoje. Um dos apartamentos fica no centro de Belo Horizonte.

Oferta de ações da BR Insurance soma até R$ 644,6 mi

VINÍCIUS PINHEIRO - Agencia Estado
 
SÃO PAULO - A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Brasil Insurance - empresa composta por 27 corretoras de seguros, em vários ramos - movimentou até R$ 644,625 milhões, de acordo com dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O preço por ação foi definido em R$ 1.350, no centro da faixa indicativa, que variava entre R$ 1.250 e R$ 1.450.
A demanda pelos papéis foi forte e, na véspera da definição do preço, já superava a oferta em 50%, conforme apurou a Agência Estado. Do total captado no IPO, R$ 348,097 milhões irão para o caixa da empresa com a emissão de 257.850 novas ações. A Brasil Insurance pretende usar os recursos em aquisições de corretoras e carteiras de clientes, na implementação de sistemas de integração e para capital de giro. A companhia vendeu ainda outras 219.650 ações dos atuais acionistas, que receberão R$ 296,527 milhões.
Na prática, a Brasil Insurance hoje existe apenas no papel. Criada por iniciativa da Gulf Capital Partners, gestora de investimentos carioca, a companhia foi constituída a partir de acordos de troca de suas ações com as das corretoras de seguros, que passarão a valer após o IPO.
A Gulf já desenvolveu modelo semelhante na Brasil Brokers, holding de corretoras de imóveis que abriu o capital na bolsa em 2007. Além da gestora, os sócios das corretoras incorporadas pela Brasil Insurance venderão parte de suas ações no IPO. Como se trata de uma companhia ainda em estágio pré-operacional, a oferta foi destinada apenas a investidores qualificados, que possuem pelo menos R$ 300 mil para aplicar.
A estreia das ações da Brasil Insurance no pregão da BM&FBovespa está prevista para o dia 1º de novembro, sob o código BRIN3. O Morgan Stanley é o coordenador líder da oferta. O banco atua ao lado de BTG Pactual, JPMorgan e HSBC.

Crédito para empresa menor e pessoa física pode superar meta, diz Bradesco

No segmento imobiliário, o banco já liberou R$ 6,9 bilhões em 2010 e a projeção de emprestar R$ 7,5 bilhões deve ser batida

Altamiro Silva Júnior, da Agência Estado
 
SÃO PAULO - O Bradesco não mudou as projeções (guidances) para 2010 para crédito, seguros e despesas, mas reconhece que alguns segmentos podem ficar acima das metas, como o crédito consignado e empréstimos para empresas menores. Já outras linhas, devem ficar abaixo das projeções, como os empréstimos para grandes empresas, destaca o vice-presidente executivo do banco, Domingos Ferreira de Abreu, que participa neste momento de teleconferência com a imprensa para apresentar os resultados do banco no segundo trimestre.
Segundo ele, os empréstimos para grandes empresas podem ficar abaixo da expectativa (que variam de 22% a 26% para 2010), por conta do aumento das operações no mercado de capitais por essas companhias. Outro fator que contribui para a menor taxa de crescimento é a variação cambial. Cerca de 20% das operações para grandes companhias são indexadas em dólar, que está em queda ante o real.
Já em outras linhas, como crédito a micro, pequenas e médias empresas, a expectativa é superar as metas, que vão de 28% a 32%. "Fizemos reforço no varejo, com atendimento mais focado para pessoas jurídicas e isso já começa a mostrar resultados", diz Abreu. Na carteira de consignado e imobiliário as metas também devem ser superadas.
No imobiliário, nos nove primeiros meses do ano, o banco já liberou R$ 6,9 bilhões. Por isso, o executivo acredita que a projeção de liberar R$ 7,5 bilhões em 2010 deve ser superada.

Despesas
As despesas operacionais (que incluem os gastos administrativos e de pessoal) também podem superar um pouco as expectativas, por conta dos acordos coletivos para reajustes de salários e a expansão da rede de atendimento, destaca Abreu. O banco previa aumentar os gastos de 9% a 13% este ano. O executivo não sinalizou em quanto essa meta pode ser superada. "Vai fechar o ano um pouco superior ao topo da meta", disse.
Para o cartão Elo, Abreu diz que houve atrasos no processo de criação da bandeira, que está sendo feita em parceria com o Banco do Brasil. Segundo ele, a expectativa é de que até final do ano o banco lance o primeiro cartão. O objetivo inicial era lançar o plástico em outubro.

Notícia: Fundos de pensão: Estudo mostra os investimentos preferidos

Sexta-feira, 29 de Outubro de 2010

Números preliminares do 11º Relatório do IGI (Indicadores de Gestão de Investimentos), que já podem ser acessados pelas entidades participantes e serão objeto de uma análise consolidada a ser apresentada no 31º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, de 17 a 19 de novembro, em Recife, mostram que os fundos de pensão que enviaram os seus dados destinam R$ 163,1 bilhões, equivalente a 45,89% do total de seus recursos, aos fundos de investimento da categoria “renda fixa conservadora”. Vem a seguir na preferência os “multimercados”, que concentram R$ 75,6 bilhões, isto é, 21,27% da carteira, informa Marcelo Nazareth, diretor da Netquant.
Os fundos de ações acumulam R$ 74,4 bilhões (20,95%) e os da categoria “renda fixa agressiva” R$ 42,2 bilhões (11,89%), entre outras carteiras.▲ Diário dos Fundos de Pensão
 
Fonte: Terra Dr Previdência 

ACE Seguradora dedica um dia para serviços voluntários

Em 22 de outubro último a ACE Seguradora promoveu um dia de serviços voluntários dedicados à sociedade e ao meio-ambiente em São Paulo. Nas atividades em prol da sociedade, os colaboradores da empresa participaram de uma visita à Vivenda da Criança, instituição que há 10 anos é apoiada pela ACE. Na ocasião, foram realizadas atividades de revitalização da horta comunitária, organização e doação de brinquedos para a brinquedoteca das crianças. A Vivenda auxilia cerca de 4 mil pessoas por mês na região da subprefeitura de Parelheiros, a mais carente de São Paulo.

Já as ações voltadas para o meio-ambiente transcorreram no Parque da Aclimação. Nesta outra frente, os colaboradores da ACE plantaram várias árvores com a orientação de um engenheiro agrônomo e  acompanhamento do pessoal da Casa Jaya – Centro Cultural focado em ações de sustentabilidade.

Marcos Aurelio Couto, Presidente e CEO da ACE, ressalta  que a responsabilidade social se encontra na cultura da companhia, de forma institucional, e amplamente suportada pelos seus funcionários. “Sentimo-nos honrados por contar com profissionais engajados nesta causa”, revela.

Ação tem alcance global

Estas ações fazem parte do evento internacional da companhia denominado Global Day of Service II. Nesta iniciativa, a ACE dedica o dia a atividades voluntárias em cerca de 40 países onde mantém operações. O evento, que ocorre a cada 5 anos, comemora os 25 anos da fundação do Grupo ACE. Ao todo, cerca de 7,5 mil colaboradores da companhia participaram do evento em todo o mundo.


Fonte: Redação Planeta Seguro

Allianz em ação durante o Outubro Rosa

Companhia promove campanha para incentivar o combate e a prevenção do câncer de mama 

Este ano, serão diagnosticados mais de 49 mil casos de câncer de mama no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A cada hora, seis mulheres são diagnosticadas com a doença no país. Para conscientizar a população mundial foi criado o Outubro Rosa, ação realizada para incentivar o combate e a prevenção do câncer de mama. 

Neste ano a Allianz Seguros está com uma série de iniciativas. Além de um informativo disponível no site da companhia, clientes são convidados para participar de  palestras de conscientização, que são realizadas em parceria com as empresas seguradas pelo Allianz Saúde.

Além disso, para facilitar a utilização do seguro de automóvel para pessoas com necessidades especiais, que incluem as que tenham realizado cirurgia de mastectomia, a Allianz aposta na divulgação do Allianz Auto Especial. O produto oferece coberturas e serviços exclusivos. Como exemplos, destacam-se o carro reserva com direção hidráulica e câmbio automático, ao invés do tradicional veículo popular; prioridade na central de atendimento e para acionar guincho e táxi;e serviço de courrier para busca ou envio de qualquer documento na cidade onde reside.

 

De acordo com a legislação vigente, pessoas com necessidades especiais estão isentas de pagar tributos como ICMS e IPI na compra de carro novo. Há pouco mais de três anos a Allianz decidiu que, diferentemente do que é praticado pelo mercado, no caso de perda total, a companhia indeniza o segurado pelo valor da tabela FIPE, sem deduzir os impostos. "Esse é um dos grandes diferenciais do produto, pois a Allianz assume os custos dos tributos e o trâmite do processo, nos casos previstos por lei", diz Pedro Pimenta, superintendente para seguros automotivos da Allianz Seguros. É importante ressaltar que os impostos correspondem a cerca de 30% do valor do veículo.O seguro oferece também coberturas que já faziam parte do Allianz Auto. Entre elas, 7 dias de carro reserva grátis  e guincho sem limite de quilometragem, para apólices fechadas ou renovadas a partir de março deste ano, em território nacional. Além disso, estão inclusas colisão, incêndio, roubo e furto, Responsabilidade Civil Facultativa e Acidentes Pessoais a Passageiros, troca de vidros, reparos residenciais e desconto na franquia em caso de se utilizar uma oficina credenciada da seguradora.

Fonte: Redação Planeta Seguro

Lucro da Bradesco Seguros e Previdência sobe 19% no 3º trimestre

Seguradora respondeu por 28,5% do lucro do banco no período, pouco abaixo dos períodos anteriores, de 30% 

Altamiro Silva Júnior, da Agência Estado
 
SÃO PAULO - A Bradesco Seguros e Previdência registrou lucro líquido de R$ 721 milhões no terceiro trimestre, aumento de 3% ante o trimestre anterior e de 19% em 12 meses. A seguradora respondeu por 28,5% do lucro total do banco, pouco abaixo dos períodos anteriores, de 30%. No acumulado até setembro, o ganho foi de R$ 2,125 bilhões, 12,1% superior ao mesmo período do ano passado. Nesse período, a participação dos seguros no resultado se mantém em 30%.
A seguradora movimentou R$ 22,056 bilhões nos nove primeiros meses do ano, considerando os prêmios emitidos de seguros, as contribuições com vendas de planos de previdência e as receitas com os títulos de capitalização. O crescimento foi de 20,5% ante o mesmo período de 2009. No terceiro trimestre, foram R$ 7,8 bilhões em prêmios, expansão de 15% em 12 meses. O retorno patrimonial da seguradora no trimestre foi de 29%.
O Índice Combinando, principal indicador das seguradoras, que mede a eficiência operacional (quanto menor, melhor), ficou em 85,3%, três pontos abaixo do nível do terceiro trimestre de 2009, quando estava em 88,9%. A sinistralidade também melhorou, fechando setembro em 72,4%, cinco pontos menor que em setembro de 2009.
Todas as unidades da seguradora tiveram lucro e apresentaram crescimento dos prêmios. As receitas com previdência cresceram 11% e somaram R$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre, puxadas pelas vendas dos planos VGBL. As provisões técnicas da Bradesco Vida e Previdência atingiram R$ 72 bilhões, aumento de 16% em relação a setembro de 2009. A seguradora ultrapassou a marca de 2 milhões de clientes no VGBL e de 19 milhões com seguros de vida e acidentes pessoais, por conta de programas de vendas desses produtos para a população de baixa renda.
A Bradesco Saúde teve faturamento de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre, expansão de 22% na comparação com o mesmo período de 2009. No segmento, o banco destaca que houve queda das despesas administrativas e melhora da sinistralidade. A seguradora fechou setembro com 7,5 milhões de clientes, dos quais 92% vieram de contratos com empresas.
Já a Bradesco Auto/RE, seguradora de ramos elementares do banco, que inclui o mercado de automóveis, teve prêmios de R$ 941 milhões, expansão de 16% em 12 meses. Ao todo, são 3,2 milhões de segurados.

MERCADO AVALIA JUSTIÇA COMO NOVA ARMA CONTRA FRAUDES CONTRA SEGUROS

O mercado segurador mostra-se cada vez mais propenso não só a vigiar, mas também a punir (ou melhor, pedir às autoridades que punam) as fraudes cometidas contra as empresas do setor.
O exemplo mais explícito dessa nova postura está a cargo da seguradora Líder DPVAT, cujas representações ao Ministério Público nos estados não param de crescer nos últimos anos e provocam as primeiras prisões no País de integrantes de quadrilhas especializadas em fraudes contra o seguro.
"Não basta negar o pagamento e emitir a carta recusa, mas deve-se acionar criminalmente os fraudadores", recomendou o diretor de Operações da Seguradora Líder DPVAT, Claudio Ladeira, ao participar dos debates durante o seminário "Quantificação da Fraude em Seguro", promovido pela Central de Serviços e Proteção ao Seguro da CNSeg, nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro, no auditório da Escola Nacional de Seguros.
A ação pró-ativa começa a ganhar musculatura, já que cresce o número de adeptos da ideia de que as companhias não devem mais se limitar a negar pagamento de sinistros fraudulentos, mas denunciar os autores das irregularidades.
E a "tolerância zero" contra as fraudes não deve se concentrar nos sinistros vultosos, mas também ter foco naqueles de pequena monta, acrescentou Rogério Esteves Alves, superintendente de Sinistros Auto da Mapfre, ao assinalar que os pedidos de baixos valores corroem também o resultado operacional das empresas.
- Uma vez comprovada a fraude e tendo os elementos necessários, precisamos fazer uma notícia-crime contra o fraudador. A principal propaganda da seguradora é o pagamento do sinistro. Mas é importante que se pague apenas o que é devido. Não podemos pagar indenização indevidamente, porque isso onera o princípio do mutualismo sobre o qual está alicerçado o seguro. Estamos até coibindo bem as fraudes, seja na subscrição, seja na liquidação do sinistro. Mas precisamos agora também denunciar os criminosos- concordou o diretor da FenSeg, Neival Rodrigues Freitas, outro participante do painel "Desafios e Ações na Prevenção e Combate à Fraude.
No ano passado, as fraudes comprovadas fizeram as seguradoras negar o pagamento de R$ 230 milhões em indenizações solicitadas, um incremento de 5,1% sobre o resultado de 2008, segundo dados da 7ª edição do Sistema de Quantificação da Fraude. A quantificação da fraudes via SQF é, contudo, a ponta do iceberg, ou seja, o que deixa rastro suficiente para as negativas do mercado, explicou Therezinha Vollú, gerente da Central de Serviços e Proteção ao Seguro da CNSeg. O que não é possível comprovar, é efetivamente pago, ainda que haja suspeita de práticas fraudulentas. A malha fina do mercado catalogou R$ 2,1 bilhões em sinistros suspeitos em 2009, o equivalente a 11,1% das indenizações pagas pelo grupo de seguradoras que participou da 7ª edição do SQF.
Até agora, existe um tom cauteloso do mercado em reagir mais vigoramente às fraudes, reconhecem os especialistas. Contudo, tal cautela começa a ficar de lado, reconhece o advogado criminal Rodrigo Fragoso. Atuando em nome do mercado há mais de uma década, ele diz que nunca teve conhecimento de denunciação caluniosa em respostas às representações criminais feitas em virtude de fraudes. Ele acrescenta que as exigências, via regulamentações da Susep ou da ANS, no sentido de que o mercado busque identificar e comunicar as fraudes, incluindo-se aí lavagem de dinheiro, colocam as seguradoras, aos poucos, entre um dos pólos ativos das disputas. E cada vez mais. Afinal, o combate mais ou menos firme às fraudes pode exigir também mais ou menos aportes dos acionistas futuramente, considerando-se a perspectiva de aumento de capitais mínimos para atender às exigências da circular que tratará sobre riscos de crédito e operacionais no próximo ano, lembra Denia Moura, da Comissão de Controles Internos da CNSeg.
Presente ao encontro, o superintendente da Susep, Paulo dos Santos, elogiou e aprovou a iniciativa do mercado de discutir de forma franca e aberta a questão da fraude e enalteceu sua disposição de combatê-la com novas armas. Para ele, as fraudes, muito mais que o resultado das seguradoras, afetam mais os segurados, tendo em vista o princípio do mutualismo. Nesse sentido, avaliou positivamente a ação da Seguradora Líder em representar contra fraudadores e lembrou que cada um dos pares do mercado precisa estar comprometido em combater as fraudes de maneira rigorosa. Ele aproveitou para destacar a importância do SQF. "É um instrumento essencial de prevenção e combate à fraude. É o primeiro passo para outros que o mercado planeja dar para combater mais rigorosamente as irregularidades", assinalou.
O SQF foi também avaliado positivamente por Emil Andery, diretor de Auditoria da SulAmérica Seguros. Para ele, o uso do SQF tornou-se um marco na história da indústria de seguros, porque, antes de seu advento, em 2004, o mercado patinava em números estimados e baseados na experiência internacional. Ou seja, as fraudes equivaleriam a 20% dos prêmios ou a algo entre 10% e 15% dos sinistros pagos seriam fraudulentos.
Com o SQF, acrescentou Therezinha Vollú, as seguradoras passaram a confrontar seus resultados individuais de fraude à média do mercado, podendo rever procedimentos para corrigir desvios de rota.
O corretor é outro parceiro importante na guerra às fraudes, afirma Robert Bittar, presidente da Fenacor e da Escola Nacional de Seguros. Na sua avaliação, o corretor deve solicitar sindicâncias às seguradoras sobre sinistros que considerem suspeitos e orientar o consumidor a evitar certas ações, como emprestar a carteira de seu plano de saúde a terceiros ou assumir, indevidamente, a responsabilidade de acidentes de trânsito, porque tais atitudes, intencionais ou não, representam também uma fraude contra o seguro.

Fonte: Sincor SP

Cresce seguro para pessoas

O mercado de seguros para pessoas cresceu 17,4% em abril deste ano em relação ao mesmo mês de 2009, alcançando R$ 1,3 bilhão. A expansão se deve ao aumento da renda da população, segundo Marco Antônio Rossi, presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
Outro fator é o aumento do crédito disponível no mercado, que impulsionou os seguros prestamistas - aqueles contratados para garantir prestações em caso de morte, invalidez ou desemprego -, segundo o executivo. A Bradesco Seguros foi a líder do mercado em abril, com 16,6%. No mesmo mês de 2009, o primeiro lugar do ranking era do Itaú. "O Brasil tem muito espaço para crescer. Somos muito almejados por empresas estrangeiras", diz Rossi.

Fonte: IRB - Brasil Resseguros - 02/07/2010

VGBL pode ser opção para herança

Roberta Scrivano - O Estado de S.Paulo

Fazer um plano de previdência aos 80 anos parece absurdo? Mas não é. Entre as inúmeras opções de produtos desse tipo nas prateleiras dos bancos, há o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), em que é possível incluir nomes de beneficiários, visando à garantia de renda aos herdeiros.
"O VGBL é uma das opções para o planejamento sucessório", diz o consultor Caio Torralvo, especializado em finanças pessoais.
Silvio Paixão, professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) conta que a principal vantagem de ter um VGBL objetivando à herança é o fato de o patrimônio do plano não entrar no inventário. "Por isso, torna-se uma ação muito adequada para a sucessão", afirma.
O processo de inventário costuma ser caro e demorado, principalmente por causa da burocracia. "Como o plano não entra nesse procedimento, no dia seguinte à morte do titular, os beneficiários já podem usufruir do dinheiro", detalha o economista Marcos Crivelaro, professor da Fiap.
O dinheiro depositado pelo titular do plano durante a vida pode ser utilizado pelos beneficiário de duas formas - a depender da maneira como o contrato do plano foi determinado. A primeira opção é o saque de todo o valor depositado. A outra, segundo Crivelaro, é o saque mensal de um valor, que também é predeterminado no contrato, até que se esgote a reserva.
Taxas. Caio Torralvo salienta, no entanto, que, antes de tomar a decisão sobre o que fazer com o patrimônio que ficará para os herdeiros, é preciso pesquisar. "Há muitas opções no mercado. Para cada caso, há um indicação específica", diz.
Ele lembra que, nos planos de previdência, há uma série de custos cobrados pela instituição financeira para a administração dos recursos.
"Há taxa de carregamento, de administração e, às vezes, outros custos", comenta. "Por isso, mesmo se você decidir qual investimento fará, é importante também comparar o que cada instituição oferece, já que as características podem variar bastante", sugere.
Paixão, da Fipecafi, também chama atenção para a importância de pesquisar as alternativas. "O mercado financeiro tem cada vez mais opções de investimentos. Por isso, para decidir o que fazer, é preciso estudar as modalidades para que não haja arrependimento."
-----------------------------------------
PARA ENTENDER

1.Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)
É um plano de previdência privada que tem como objetivo a acumulação de recursos de longo prazo, com foco, sobretudo, no aumento da renda durante a aposentadoria. As contribuições feitas em um PGBL são dedutíveis do Imposto de Renda - até o limite de 12% da renda bruta. Também há incidência de IR sobre o valor resgatado.

2. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
Funciona como um seguro de vida que tem como objetivo principal conceder as indenizações com o segurado ainda vivo, mas também serve como ferramenta para o planejamento sucessório. As contribuições não são dedutíveis do Imposto de Renda. Na hora do resgate, o IR incide somente sobre os rendimentos financeiros obtidos no decorrer do investimento.

3. Como funcionam os planos?
Em geral, o dinheiro investido pelo titular (no caso de PGBL) ou pelo segurado (quando se trata de VGBL) é aplicado em um fundo de investimento especialmente constituído para aquela previdência privada. Taxas de carregamento e de administração são cobradas pelas instituições financeiras todos os meses. Às vezes, há taxa de performance

Fonte: O Estado de S. Paulo

Cofrinho moderno: a previdência privada para os filhos

Em vez do brinquedo na estante, um dinheiro a mais para guardar no cofrinho.
Em vez de um pacote de pipoca por dia na escola, algumas moedas a mais no fim do mês. Abrir mão da satisfação imediata para garantir um futuro mais seguro para os filhos ainda é um dilema enfrentado por muitos pais que desejam começar a investir em um plano de previdência.
O fato é que a maioria ainda vive esse dilema, pois desconhece que é possível assegurar uma renda extra para, por exemplo, financiar futuramente a faculdade das crianças, economizando a partir de R$ 1,70 por dia.
A previdência privada é, hoje, um investimento acessível e pode ser a solução para garantir que os filhos não só tenham uma boa formação, mas uma boa renda na velhice.
E não é preciso fazer muita matemática para chegar a essa conclusão. Já está claro para a sociedade que, quanto mais cedo a pessoa começar a se preocupar com o futuro, mais tempo terá para economizar e, consequentemente, o valor a ser poupado pesará menos no bolso. E assim, aos poucos, a previdência privada está entrando na lista básica do planejamento familiar financeiro dos pais.
Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), divulgados em julho deste ano, o mercado de previdência direcionado para menores fechou 2009 com uma acumulação de R$ 3,3 bilhões, um crescimento de 14,10% em relação a 2008.
Só no primeiro trimestre deste ano, os planos para menores captaram R$ 334 milhões.
Um dos estímulos para esse crescimento é a necessidade de garantir a educação dos filhos.
Mensalidades, material escolar, vestibular, faculdade privada, livros. Se tomarmos como exemplo uma família de classe média, com renda mensal de R$ 6 mil, os gastos com educação podem comprometer até R$ 1,5 mil por mês.
Indo mais além, chegarão a R$ 414 mil até a formatura.
Para garantir que, pelo menos, a formação do filho será concluída, os pais devem começar a investir em um plano de previdência logo após o nascimento da criança e, de forma disciplinada, realizar aplicações mensais, ou aportes, até ela completar 18 anos.
Com um montante a partir de R$ 50,00 por mês, ou R$ 1,70 por dia - considerada uma rentabilidade estimada de 10% ao ano durante o período de acumulação e de 4% ao ano durante o período de pagamento de renda -, é possível formar uma reserva de, aproximadamente, R$ 29 mil. Se aos 18 anos o filho optar por não resgatar o dinheiro, e continuar a contribuição até completar 65 anos, estará garantindo uma renda mensal na aposentadoria de cerca de R$ 20 mil.
Além de ideais para formarem reserva em longo prazo, o planos de previdência são indicados porque aliam segurança financeira à rentabilidade, trazendo ainda, de quebra, o benefício dos incentivos fiscais. Para pais que fazem a declaração completa do Imposto de Renda, é possível deduzir os valores investidos em previdência até o limite de 12% da renda bruta anual. Outro atrativo são as regras de tributação.
Optando pela tabela regressiva, o cliente pode pagar somente 10% de IR sobre os recursos investidos por mais de 10 anos.
Outra vantagem é que, por terem muito tempo para render, os planos para jovens alcançam ótimos resultados, geralmente acima de modalidades até então tidas como tradicionais, como a poupança. Isso ocorre porque oferecem diferentes combinações de investimentos, que vão dos fundos de renda fixa a aplicações em renda variável, no limite de 49% dos recursos.
Além disso, os planos oferecem a opção de contratação de um seguro de vida, que garante a reserva mesmo na ocorrência da morte do provedor.
Mais do que dar garantias financeiras, as mudanças no perfil da população brasileira também têm impulsionado essa fatia do mercado.
Se em 1940 a expectativa de vida do brasileiro era de 45,5 anos e, atualmente, chega a 72,8 anos, a regra agora é: se as pessoas vivem mais, têm mais tempo de aposentadoria e, por isso, precisam começar a poupar cedo para formar uma boa reserva.
Portanto, se você deseja ensinar ao seu filho que poupar desde cedo traz vantagens no futuro, o melhor é deixar o brinquedo na vitrine e começar a encher o cofrinho da previdência agora.

Fonte: web - IRB - Brasil Resseguros

Mongeral Aegon quer crescer 30%

Mongeral Aegon quer crescer 30% Meta é aumentar arrecadação em torno de 17% e crescer em vendas cerca de 25% Com faturamento de R$ 349 milhões em 2009, previsão de R$ 400,6 milhões para este ano e perspectiva de R$ 553,9 milhões em 2011, a Mongeral Aegon, que atua no segmentos de vida e previdência, espera aumentar seu market share no país. A seguradora, que em maio de 2009 firmou parceria com a holandesa Aegon (50%), espera aumentar sua participação no mercado brasileiro, que atualmente gira em torno de 5%.
Nessa linha de crescimento, a seguradora fechou o primeiro semestre de 2010 com faturamento de R$ 212 milhões, resultado que supera em 13% o de janeiro a junho de 2009. O patrimônio líquido chegou a R$ 77 milhões, 34% a mais do que o alcançado no mesmo período do ano passado. Os ativos somaram R$ 353 milhões, 21% maior do que o registrado em 2009. As reservas técnicas ficaram em R$ 209 milhões.
Com base nesses números, seu presidente Helder Molina, ressalta que a perspectiva da empresa para 2010 é de aumentar sua arrecadação em torno de 17% e crescer em vendas cerca de 25%. A Mongeral Aegon, em 2009, tinha ativos de cerca de R$ 305 milhões, provisões técnicas em torno de R$ 179 milhões, receitas operacionais de R$ 377 milhões e patrimônio líquido de R$ 70,4 milhões.
"Até o fim deste ano, a companhia pretende crescer 30% em relação aos resultados de 2009. A meta é figurar entre as cinco maiores empresas independentes de vida e previdência e chegar a 100 unidades até 2014", comentou, acrescentando que no segmento de fundos instituídos o objetivo é aumentar as novas vendas de planos em 30% e chegar aos 65 mil participantes.
Para Helder Molina o bom resultado reflete as estratégias de crescimento da companhia, feitas através de novas parcerias comerciais e novos escritórios pelo país. "Hoje somos líderes no mercado de planos de Previdência Instituídos. Temos parcerias com cerca de 187 instituidores e, até o fim do ano, pretendemos fechar mais quatro." Com 175 anos de atividade ininterrupta completados neste ano, a Mongeral Aegon, segundo ele, é a seguradora mais antiga do país, pioneira no mercado de seguros e previdência. Em todos esses anos, a companhia trabalhou muito para atualmente se orgulhar de seus números. De acordo com Molina, são 600 mil clientes e 4.000 consultores de benefícios, sendo 1.500 formados pela própria empresa mediante parceria com a Escola Nacional de Seguros (Funenseg). A Mongeral Aegon também é a primeira colocada no mercado de Fundos de Pensão Instituídos e, além do escritório em Ribeirão Preto, tem outras 54 unidades em todo o país. A meta é elevar este número para 100. A Mongeral Aegon também está entre as 10 maiores seguradoras independentes do país e é a primeira colocada no mercado de Planos de Fundo de Pensão Instituídos.
Nesta entrevista ao repórter Marcelo Bernardes do jornal MONITOR MERCANTIL, Helder Molina fala sobre produtos, previdência, vida, microsseguro, além da importância da associação com a empresa holandesa Aegon. Na sua opinião, qualquer que venha ser o presidente do Brasil para os próximos quatro anos não irá modificar radicalmente a economia brasileira, que se encontra madura e em desenvolvimento.

Qual o destaque da Mongeral Aegon na área de Previdência?
- Primeiro, o que é previdência? Para nós, é uma coisa mais ampla do que só planos de acumulação. É cobrir todos os três riscos sociais a que qualquer indivíduo está exposto: morte, invalidez e sobrevivência. Então, vemos a previdência de forma diferente do mercado. Ser previdente é você chegar para uma família e entender as necessidades que ela tem, não só em produtos de acumulação, que na verdade são puramente produtos financeiros, e sim cobrir os riscos que essa família está exposta no caso de morte prematura, invalidez e sobrevivência. Aí, sim, são produtos que ela (família) tem que pensar em sua aposentadoria.

A seguradora está lançando algum produto novo?
- A Mongeral Aegon está lançando diversos produtos e procurando cobrir os três mercados que existem: alta, média e baixa renda. Isso quer dizer que a Mongeral Aegon possui linhas de produtos para atender a esses três mercados.

Como estão os planos de previdência. Tem havido evoluções?
- Os produtos de previdência terão que baixar as taxas. Com uma inflação baixa, não dá para cobrir as taxas que são aplicadas atualmente. O produto acaba ficando inviável. É melhor colocar o dinheiro na poupança se continuar com essas taxas que são praticadas hoje pelo mercado

Nesses 175 anos de atuação no mercado qual foi a grande mudança que a empresa constatou na área de seguros?
- O brasileiro está cada vez mais despertando a necessidade de cobertura desses riscos. Claro, o cliente sempre procura olhar mais para aposentadoria porque ninguém gosta de falar em morte ou invalidez. Não é agradável. Ninguém acorda com vontade de comprar um seguro de vida. Mas, acorda preocupado com uma boa aposentadoria. Falando só em aposentadoria não estamos resolvendo os problemas do cliente.

Explique melhor?
- O importante é analisarmos, na verdade, que mudanças não aconteceram nesses 175 anos. A mudança que não aconteceu foi exatamente a Mongeral Aegon fazer o que sempre fez desde sua fundação, que é cobrir os três riscos sociais. Isso é o que faz essa companhia. É o diferencial enorme, fazer a mesma coisa desde a sua criação. Só que faz isso com inovação. É você não ser olhado como uma empresa antiga mas como uma empresa de vanguarda.

Qual foi o segmento que a Mongeral Aegon tem apostado suas fichas?
- A Mongeral Aegon tem desenvolvido bastante seu mercado na venda de produtos para funcionários públicos, civis e militares e, também, para o mercado aberto, além de profissionais liberais. Nossa tendência é de investir muito no segmento de funcionalismo público que é, na verdade, como começou a Mongeral. Então, o conhecimento da companhia com essa área é grande e pretendemos explorar mais esse segmento.

Como se divide o plano Toda Vida?
- O Master representa muito para companhia. Depois vem o Homem, Mulher e, por fim, o Júnior. O mercado como um todo é assim, com a exceção do Master. A tendência desses mercado é crescer mais no Júnior. Uma grande parcela de nossas vendas estão no Master, que atende pessoas com mais de 60 anos.

As empresas estão aderindo ao plano Vida Empresarial?
A Mongeral Aegon tenta desenvolver um produto alinhado para as categorias profissionais. Esse nosso segmento, que é médio, tem boas taxas, bons produtos para esta classe. O produto vem crescendo na ordem de 30% ano.

A Mongeral Cred tinha uma parceria com o Unibanco. Vai continuar com o Itaú?
- Também temos uma parceria com o Itaú e mais cinco instituições financeiras (BMG, Banco Votorantim, BGN, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal)

A seguradora comprou a carteira de Vida do Icatu. Essa aquisição está correspondendo as expectativas da empresa? E o investimento feito nessa aquisição?
- Sim. É a carteira de riscos individuais. É uma carteira que está melhor, até o momento, do que o esperado quando nós fizemos todas as projeções. Quanto ao investimentos, realizamos em pessoal e em infra-estrutura para podermos absorver essa carteira do Icatu.

O que a holandesa Aegon trouxe de novo para a Mongeral?
- Primeiro é o fato de termos a possibilidade de troca com a vinda da Aegon, que disponibiliza tudo que tem lá fora. São mais de 25 países. Com isso, temos acesso a essa experiência, o que é muito bom porque inclui novos produtos, novas tecnologias e novos sistemas. Isso tudo está à disposição da Mongeral. A Aegon detém 50% da Mongeral e esperamos que, com essa parceria, nosso market share aumente. Se ele hoje está crescendo acima do mercado, certamente aumentaremos nossa participação.

A Mongeral tem interesse em atuar na área de saúde?
- Não. O foco da empresa hoje é vida.

Qual a sua opinião sobre o esforço de se implantar o microsseguro?
- O microsseguro no Brasil só conseguirá ser implantado se tiver uma legislação especial, uma forma de distribuição diferente, uma forma de cobrança diferente e o governo incentivando com isenção de impostos. Certamente vai ser um grande mercado a ser explorado. Caso contrário, eu não acredito nesse segmento. Se tiver uma regulamentação especial, a Mongeral vai estudar essa possibilidade.

Fonte: MONITOR MERCANTIL

Previdência privada surge como opção de investimento futuro

Trabalhadores autônomos ou funcionários de empresas privadas e públicas podem garantir uma renda extra, após a aposentadoria, por meio de um plano de previdência privada. Comeste tipo de investimento, oferecido por bancos e financiadoras, a pessoa consegue manter o mesmo padrão de vida dos anos em que estava ativa. Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida revelam que cerca de 101 mil pessoas no País são beneficiadas por essas coberturas.
Entre os estados brasileiros, a Bahia ocupa o segundo lugar no ranking de investidores, com a expansão da venda de previdências em 33,42% (o que significa que um total de R$ 289,22 bilhões em títulos foram comercializados entre janeiro do ano passado e o deste ano).
Quem ainda não conhece os planos de previdência privada deve ficar atento às diferenças nos tipos de investimento e valores a serem aplicados. O economista Pedro Gomes informa que as previdências complementares se dividem entre fechadas e abertas. 'A primeira é criada pelas próprias empresas, que oferecem um plano pós-aposentadoria especialmente para seus funcionários. Já a aberta é oferecida a qualquer pessoa que queira garantir uma aposentadoria, mesmo quenãotrabalhecomcarteira assinada', explica.
A publicitária Francine Barreto, dona de um salão de beleza em Pernambués, tem interesse em aderir aumplano de previdência aberta.
'Não conto com a previdência do INSS(Instituto Nacional do Seguro Social), porque não trabalho na minha área e não possuo carteira assinada. E como sou microempresária,a previdência é necessária para o futuro', diz.
Garantia Mesmo pensando em adquirir o plano, Francine ainda não escolheu a seguradora nem avaliou o valor que pretende investir. 'De qualquer forma, é um dinheiro a mais para ser gasto e que precisa ser bem avaliado', afirma. Segundo Gomes, as vantagens em se adquirir um plano são inúmeras, uma vez que funciona como uma garantia sobre a previdência do INSS. 'É uma poupança avançada, eterna, que a pessoa pode usar não só para ela, mas que também pode transferir para dependentes', salienta
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros e Capitalização da Bahia (SincorBA), George Carneiro, concorda:'Quem recebe hoje um salário maior que o teto da previdência social,que é de R$ 3,4 mil, opta por buscar essas outras alternativas

Fonte: IRB - Brasil Resseguros - 28/10/2010

Nova campanha institucional do Seguro DPVAT esclarece população

Data: 29.10.2010 - Fonte: Revista Apólice 

 
A Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT está lançando uma nova campanha institucional para esclarecer a população sobre a abrangência e formas de utilização do Seguro DPVAT. A campanha tem caráter nacional, mas também serão feitos anúncios regionais, durante os próximos seis meses, utilizando diferentes mídias, como TV, revistas, sites, rádio, outdoor, busdoor, painéis. O objetivo é tornar o seguro mais conhecido e que os cidadãos saibam corretamente quais são os seus direitos.

"No ano passado, já havíamos desenvolvido uma campanha institucional que proporcionou muitos resultados positivos. Neste ano, retornamos com melhorias", comenta o diretor presidente da Seguradora Líder DPVAT, Ricardo Xavier.

Ele explica que o personagem condutor da campanha continua sendo o bonequinho das placas de trânsito devido a sua fácil identificação com o tema. "O mote da campanha é: DPVAT. O seguro do trânsito, mas também estamos reforçando a mensagem: DPVAT é o único seguro que protege todos os brasileiros", completa Xavier.

As peças informam as características do seguro, mostram quantidade de indenizações pagas e os recursos que são destinados ao SUS e ao Denatran, além de orientar a população sobre os canais de atendimento a serem utilizados para informações e solicitações de indenizações, desestimulando o uso de atravessadores. A criação da campanha ficou a cargo da agência. "A informação é uma grande aliada do Seguro DPVAT, pois evita que intermediários mal intencionados possam ficar com parte da indenização das vítimas de trânsito", afirma o diretor-presidente.

Motocicletas

Um dos anúncios da campanha é dedicado aos motoristas de motos, mostrando a importância do seguro e do uso do capacete. No primeiro semestre de 2010, o Seguro DPVAT destinou recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão com o pagamento de indenizações, por morte, invalidez permanente e reembolsos de despesas médicas e hospitalares, em favor de mais de 121 mil vítimas de acidentes de trânsito ou a seus beneficiários. As motocicletas, embora representem uma frota bem menor em relação ao total de veículos do país (25,9%), foram responsáveis por 52,5% do valor total das indenizações pagas e 60,6% da quantidade de vítimas indenizadas.

Do total de pessoas que sofrem algum tipo de dano em acidentes de trânsito, mais de 72% estão na faixa etária de 16 a 45 anos, ou seja, na que concentra a maior força da população economicamente ativa do país.

SulAmérica Odontológico chega a 230 mil vidas em dois anos

Data: 29.10.2010 - Fonte: Revista Apólice
 
Ao reposicionar estrategicamente o seguro SulAmérica Odontológico, há dois anos, a seguradora tinha como objetivo atuar em um mercado que crescia cerca de 20% ao ano, explorando a base de clientes de saúde para oferecer produtos qualificados e administrados por uma mesma empresa.

Como resultado, a carteira do seguro odontológico da companhia cresceu mais de 170%, chegando a mais de 230 mil vidas em agosto de 2010, e registrou R$ 3,5 milhões em prêmios no mesmo período, um aumento de mais de 200%.

Para a SulAmérica, esses números são resultado de um conjunto de iniciativas bem sucedidas. Em primeiro lugar, o produto com cobertura básica oferece 40 procedimentos além dos exigidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, trabalha para oferecer uma rede referenciada de qualidade. Desde janeiro de 2009, a SulAmérica ampliou em 180% o número de prestadores referenciados, formando uma rede de mais de 8,5 mil opções de atendimento. "Este é um dos produtos mais demandados pelas empresas e está entre os benefícios mais solicitados pelos funcionários. É essencial oferecermos um produto diferenciado em um mercado altamente competitivo", destaca o vice-presidente de Saúde e Odontológico da SulAmérica, Gabriel Portella.

A seguradora aponta que parte dos bons resultados está nas ações de vendas cruzadas, ou cross sell, cuja finalidade é explorar a base de clientes de saúde e apresentá-los às vantagens de se ter também um seguro odontológico. "Nosso clientes, além de terem um produto de qualidade, contam com preços diferenciados e a garantia de uma administração eficiente de uma mesma seguradora", enfatiza Portella.

sábado, 30 de outubro de 2010

Seguro para motos chega a custar 17.000 reais por ano

Alto índice de sinistros envolvendo condutor e motocicleta tornam o seguro bem caro quando comparado ao de outros veículos


Gabriela Ruic, de Exame.com

São Paulo - Contratar um seguro para motocicletas é um desafio à parte para aqueles que sonham com a sensação de liberdade que este veículo pode oferecer. O alto índice de sinistralidade proporcionado por acidentes envolvendo motos faz com que as seguradoras sejam bastante cautelosas ao elaborar os contratos com os clientes.

O valor para uma apólice de seguro para motos é calculado com base numa série de variáveis, como o bairro no qual o condutor reside, sexo, estado civil, uso principal do veículo, etc. Ana Claudia Benites Badaró, corretora de seguros da Kalassa, especializada em seguros para motocicletas acima de 400 cilindradas, explica que as motocicletas são divididas em três categorias: custom, naked e speed.

A seguradora simulou os custos de seguros para as motocicletas enquadradas em cada uma destas categorias e considerou que o proprietário e condutor seria um homem, casado, 35 anos, residente de bairros da Zona Sul da cidade de são Paulo e que utilizaria a motocicleta somente para lazer. 

Na categoria custom figuram motos destinadas à passeio, como as Harley Davidson. Trata-se de uma moto indicada para aficionados que têm um bom poder aquisitvo. "Tradicionalmente, esses modelos são adquiridos por quem admira o estilo de vida e que, portanto, são mais cuidadosos com o veículo", aponta Ana Claudia. Para simular o preço do seguro de uma moto desta categoria, a Kalassa considerou o modelo Harley Davidson 883, ano 2010.

Neste caso, o valor da moto foi estimado em 23.000 reais e o custo com seguro, por ano, seria de 1.900 reais. "Dentre as motos, as que se enquadram nesta categoria contam com os valores de seguro mais baixos pois o perfil do seu comprador é diferente", explica Ana Claudia.

De acordo com a corretora, quem compra esse tipo de moto geralmente são homens de mais idade, que têm verdadeiro apreço pela máquina e, de maneira geral, fazem questão de utilizar peças originais e mantêm a integridade mecânica e física do veículo sempre em dia.

Já motocicletas da categoria naked são consideradas motos de transporte diário e cilindrada mais baixa, indicada para percorrer vias urbanas. Motos da montadora Yamaha, como a FZ6 e a SRX 400 são exemplos da categoria naked.
Para simular os valores, a Kalassa considerou o mesmo exemplo de condutor e o modelo de moto usado para calcular o valor do seguro é a marca Triumph, modelo Tiger, que custa atualmente 30.000 reais. O valor do seguro, neste caso, salta para quase 4.000 reais por ano.

Já os preços dos seguros para as motocicletas enquadradas na categoria speed são muito mais altos. Nesta categoria as motocicletas tem design esportivo e atingem altíssimas velocidades, usadas em campeonatos como o Moto GP.Ana Claudia conta que já estipulou um seguro para esse tipo de veículo que custava 17.000 reais por ano. Entre as motos de velocidade, a freqüência de sinistros é muito maior e o perfil do comprador também é outro.

Quem adquire uma moto como essa quer e gosta de velocidade, o que aumenta significativamente os riscos envolvendo o condutor e o veículo”, explica Ana Claudia. Os modelos de velocidade são importados, o que torna a manutenção cara, além de serem foco da atenção de ladrões de peças e motocicletas. “O índice de roubo nesta categoria é altíssimo, o que encarece muito o valor do seguro”, aponta Ana Claudia. Uma moto da marca Yamanha, modelo YZF R1, ano 2010, custa mais de 50.000 reais. O valor do seguro acompanha o valor da motocicleta, ele pode custar, por ano, mais de 7.000 reais.

Como não errar na hora de contratar um seguro

Especialistas dão dicas sobre como contratar um seguro para evitar dores de cabeça na hora de acionar a apólice


Gabriela Ruic, de Exame.com

São Paulo -  Contratar um seguro sem atentar para os pontos de cobertura da apólice pode render ao consumidor fortes dores de cabeça quando for preciso acioná-lo. O maior perigo é que os riscos que precisam ser cobertos fiquem de fora da apólice. Nesse caso, o dinheiro gasto com o seguro será inútil e poderá fazer falta. Abaixo, especialistas dizem quais pontos devem ser observados com cautela:

Seguro de Automóveis


Na hora de contratar um seguro para o seu carro, o corretor Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros, considera crucial que o indivíduo atente para as informações relativas ao seu perfil. "Se houver qualquer equívoco no perfil do segurado, a seguradora pode não cobrir o sinistro", diz. Outra dica do corretor é que o consumidor observe os valores da franquia que deve ser paga ao acionar o seguro em caso de acidente.

"Para carros populares, as franquias estão em cerca de 1.700 reais, enquanto que, o seguro em si, pode valer 1.000 reais", explica Lucena. Ainda segundo ele, se o consumidor optar por uma franquia reduzida em 50%, ele irá pagar entre 10% e 15% a mais para a seguradora.

E para aqueles que compram automóveis com parcelas a perder de vista, a recomendação do corretor é que a cobertura seja feita num valor mais alto que o valor do automóvel pela tabela Fipe. "Caso contrário, se a pessoa comprou um carro em 60 vezes e precisar acionar o seguro numa situação de perda total, ele será indenizado com o valor integral do veículo pela tabela Fipe, mas continuará com saldo devedor devido aos juros embutidos no empréstimo."

O mesmo vale na hora de contratar seguro para terceiros. Ou seja, se um segurado se envolve num acidente com um carro que vale 70.000 reais e a apólice prevê a cobertura de apenas 30.000 reais, por exemplo, os outros 40.000 vão sair do bolso do indivíduo. E para garantir que todas as despesas sejam devidamente garantidas pelo seguro, a dica de Lucena é que o consumidor contrate uma apólice para terceiros com valores mais altos. "Se você aumenta essa cobertura para 70.00 reais, o valor anual do seguro irá aumentar em cerca de 80 reais", conclui.


 
Seguro Residencial

Seguros para residências tendem a ter baixos índices de sinistralidade, mas é muito importante que o consumidor fique atento aos termos do contrato para saber que tipo de assistência está contratada ou não. "O seguro residencial ainda não tem grande procura, mas isso vem aumentando à medida que desastres naturais têm se tornado mais freqüentes", explica Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros.

Ele considera importante avaliar quais eventualidades causadas por intempéries climáticas são passíveis de cobertura da apólice em questão. Quem mora em apartamento e não tem carro, por exemplo, não precisa fazer segundo contra enchente, por exemplo. Já coberturas contra incêndio ou vendavais são consideradas básicas e sempre devem estar previstas nos contratos.

Já a cobertura contra roubo de bens é um ponto que Lucena considera importante no contrato de um seguro de residência "apesar de encarecer o preço final da apólice". No cálculo do valor de um seguro residencial que garanta essa cobertura, estima-se que os bens do imóvel valham cerca de 5% de seu valor integral. "Uma casa de 1 milhão de reais, portanto, pode ter o equivalente a 5% do valor do imóvel em bens", explica Lucena. Na ponta do lápis, isso pode encarecer a apólice em cerca de 335 reais por ano.

 
Seguro de Vida


Garantia financeira para aqueles que dependem de uma pessoa, o seguro de vida pode contar com diversas configurações e modalidades (Veja aqui como funciona e se vale a pena contratar um seguro de vida). Algumas dicas, no entanto, são imprescindíveis na hora de fechar um contrato com uma seguradora.


De acordo com Alessandra Melo, técnica em seguros da corretora Nova Feabri, um dos erros mais comuns cometidos por pessoas na hora de assinar um contrato de seguro de vida é checar se a cobertura prevê morte acidental, natural ou ambas. "Alguns contratos asseguram a cobertura em morte acidental, mas não natural, e vice-versa", diz ela.


É imprescindível prestar atenção nos termos da cobertura e alertar familiares e beneficiários dos pontos passíveis de cobertura da apólice do seguro de vida. "Tem gente que não informa os parentes que o seguro cobre serviços funerários. Na ocasião de uma eventualidade, a família, sem saber, pode ter um sério gasto que poderia ter sido coberto pela apólice."


Planos de Saúde


No caso dos planos de saúde, é possível fazer boas escolhas na hora de assinar o contrato com um plano de saúde e economizar um bom dinheiro com isso (Aprenda 5 dicas para economizar e escolher um plano de saúde). Nunca é demais alertar, no entanto, para outros pontos importantes que podem poupá-lo de dores de cabeça. Um deles, aponta Alessandra, é checar antes com o seu médico de qual rede credenciada ele faz parte. "A partir daí, você pode buscar, entre os planos atendidos, quais estão dentro da sua condição financeira."


A carência do plano é um dos termos contratuais que mais podem trazer problemas caso não fique claro para o consumidor quais os prazos previstos para que alguns tratamentos estejam cobertos. "De acordo com a ANS [Agência Nacional de Saúde Complementar], todos os planos devem cumprir, no máximo, seis meses de carência. No caso de doenças pré-existentes, esse período sobe para dois anos", explica Alessandra.


Prestar atenção ao período de carência também é dica importante para gestantes - ainda mais as de primeira viagem. De acordo com Alessandra, a carência para as gestantes é de dez meses. Portanto, se o plano foi contratado dentro dessa janela, a mulher até poderá fazer uso ara alguns exames e atendimentos médicos. Já na hora mais importante, a do parto, ela terá de arcar com as despesas de uma maternidade particular ou utilizar os serviços da rede pública de saúde. 

Setor de seguros vira novo ringue da disputa entre bancos

Para aprimorar suas seguradoras, bancos buscam fusões e parcerias que devem manter esse mercado em ebulição nos próximos anos

Marcio Orsolini, de Exame.com

Após as dezenas de aquisições das últimas duas décadas, os grandes bancos de varejo se tornaram mastodontes com fontes de receita bastante diversificadas. As instituições disputam entre si mercados como os de cartões, investimentos, gestão de recursos de terceiros, corretagem e custódia de valores, câmbio, previdência, consórcios e outros serviços financeiros. Em praticamente todo o mundo, no entanto, o carro-chefe da atividade bancária é o crédito. Concedendo empréstimos a empresas e consumidores é que os bancos fazem a maior parte de seus lucros.
Como as possibilidades de elevar a carteira de crédito via grandes aquisições estão praticamente esgotadas no Brasil, entretanto, os bancos passaram nos últimos meses a olhar com bastante carinho para outro mercado: o setor de seguros. A presença das grandes instituições financeiras nesse segmento já é expressiva. Segundo a americana Bank Insurance Market Reasearch Group (BIMRG), no Brasil as seguradoras ligadas a bancos responderam por cerca 80% do lucro do setor em 2007. Mas nenhuma instituição financeira parece contente com o quinhão conquistado. Seja por meio de aquisições ou de parcerias, os principais bancos brasileiros demonstram cada vez mais interesse em turbinar suas seguradoras.
Com a fusão do Itaú com o Unibanco, a nova instituição além de tomar a liderança do setor bancário brasileiro também reduziu enormemente a vantagem do Bradesco em seguros. Já o Santander adquiriu em março por 678 milhões de reais a participação de 50% que a Tokio Marine Holdings tinha da carteira de seguros e previdência do Banco Real, denominada Real Tokio Marine Vida e Previdência. Com isso, o Santander passou a deter 100% do negócio e virou o quarto maior em previdência no Brasil, tendo 1,3 bilhão de reais em prêmios emitidos e 12,4 bilhões de reais de capital administrado.
O Banco do Brasil, por sua vez, informou no começo deste ano que iniciou uma reestruturação de toda sua área de seguros e previdência. O objetivo do BB é ganhar mais competitividade nesse mercado, que hoje representa só 12% do resultado total do grupo. "Contamos com cinco empresas de seguros e as negociações são feitas todas em agências. Queremos agora ampliar os canais de distribuição", diz Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de novos negócios e cartões do BB.
O banco de investimentos UBS Pactual, contratado pelo BB para a reestruturação, procurou as maiores empresas de seguros do Brasil e do mundo em busca de interessados - entre eles, grupos brasileiros como a SulAmérica e gigantes estrangeiros como a MetLife. A SulAmérica já é parceira do BB em alguns ramos de seguro. Já a espanhola Mapfre fechou um acordo com a Nossa Caixa, o banco estatal paulista comprado pelo BB, e também é vista pelo mercado como uma potencial parceria do banco federal. O BB pretende finalizar a nova estrutura até o final do ano.
O Bradesco não tem observado o avanço dos concorrentes de braços cruzados. Para voltar a ter folga na liderança, o Bradesco afirmou no mês passado que negocia uma parceria com a Porto Seguro na área de seguros de veículos. Os controladores da Porto Seguro continuariam a comandar o negócio - mas ao menos o Bradesco impediria que uma fusão seja fechada com um rival. "A fusão do Itaú-Unibanco se tornou uma ameaça para o Bradesco que decidiu combater o conglomerado", avalia Francisco Galiza, consultor da Rating de Seguros. Procurada, a Porto Seguro afirmou que não houve avanços nas negociações até agora.
Por que tanto interesse?
No Brasil, o mercado de seguros apresenta fortes taxas de crescimento. A expansão foi de 17% em 2007 e 18% em 2008. Mesmo com a crise, a previsão de alta para este ano é de cerca de 15%. O bom desempenho das seguradoras foi favorecido pela maior estabilidade econômica e pelo aumento da renda para empresas e pessoas físicas, que alteraram os hábitos de consumo e de aplicação em poupança.
As condições de mercado favoráveis fizeram com que os bancos brasileiros sigam na direção inversa da tendência mundial. Na maioria dos demais países, os bancos têm vendido suas seguradoras para se concentrar nos negócios que fazem parte seu foco, como o crédito. De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria everis, a penetração dos bancos no setor de seguros de vida e previdência é de 55% no Brasil. Na América Latina, o segundo colocado é a Colômbia, com 15% do mercado. Nos Estados Unidos, o setor bancária responde por apenas 2%.
A lógica é diferente no Brasil porque os bancos possuem um grande número de clientes de baixa renda - o que lhes garante um canal adequado de distribuição das apólices com um custo mais baixo que o dos concorrentes. "As seguradoras dos bancos têm algumas vantagens, como o custo de administração de 16% do valor do prêmio, contra 19% das demais seguradoras", explica Rafael Garrido, sócio responsável pela área de seguros e saúde suplementar da consultoria everis.
O modelo brasileiro é parecido com o de países europeus, onde os bancos também respondem pela maior parte do mercado de seguros. Em países como Portugal e Espanha, os bancos detêm 76% e 65% de participação, respectivamente. Esse fenômeno - chamado de "bancassurance" - nasce e se desenvolve em países onde não existia uma cultura seguradora tão importante como nos Estados Unidos e onde os potenciais clientes não chegam aos seguros por meio dos intermediários tradicionais, os corretores.
Invasão pacífica
No Brasil, as seguradoras não fazem oposição a essa "invasão" dos bancos porque, com as parcerias, elas também ganham acesso aos clientes das instituições financeiras. Outro ponto que favorece as associações é o cenário econômico. A queda da taxa de juros e a situação em que se encontram os mercados financeiros internacionais fizeram com que o lucro proveniente dos investimentos dos prêmios pagos seja muito reduzido - e em alguns casos até negativo. Por isso, as companhias de seguros têm se preocupado mais em reduzir os custos administrativos.
Essa concentração das seguradoras bancárias tem seu lado positivo, na visão de Garrido. Ele diz que nos mercados onde houve uma concentração do setor nota-se que as companhias são mais competitivas e que seus custos de administração são mais baixos. "Ter custos de administração mais ajustados faz com que os prêmios baixem".
Em uma mercado em que há muita competição, outro desafio dos bancos é ampliar o portfólio de serviços. O desenvolvimento dessas áreas nos bancos se baseou inicialmente nos produtos de vida e previdência. Para que o modelo pudesse sobreviver e crescer, no entanto, os bancos tiveram de ampliar o portfólio, com seguros para automóveis, saúde e outros.
No Santander, o grupo só espera a finalização da fusão com o Real para disponibilizar as ofertas de cada banco para todos os clientes. Em seguida, a estratégia será focar em novos produtos. "No segundo semestre de 2010, após a integração, devemos sair com um seguro de acidentes pessoais para quem ganha até 1.200 reais por mês", conta César Vital, superintendente de canais de distribuição do Santander. "No México, o Santander distribui um seguro chamado life events, que garante um reembolso quando o segurado casa ou tem um filho, por exemplo. Estamos analisando a viabilidade de trazer isso para o Brasil." 

As maiores seguradoras do país  
<><>
Geral
1 Bradesco Vida e Previdência S.A.
2 Itaú Vida e Previdência S/A
3 Itaú Seguros S/A
4 Porto Seguro Cia de Seguros Gerais
5 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros
6 Brasilprev Seguros e Previdência S/A
7 Caixa Vida e Previdência S.A.
8 Sul América Cia Nacional de Seguros
9 Mapfre Vera Cruz Seguradora S/A
10 Companhia de Seguros Aliança do Brasil
Automóveis
1 Porto Seguro Cia de Seguros Gerais
2 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros
3 Itaú Seguros S/A
4 Sul América Cia Nacional de Seguros
5 Mapfre Vera Cruz Seguradora S/A
6 Brasilveículos Companhia de Seguros
7 Liberty Seguros S/A
8 HDI Seguros S/A
9 Allianz Seguros S.A.
10 Azul Companhia de Seguros Gerais
Patrimônio
1 Itaú Seguros S/A
2 Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros
3 Allianz Seguros S.A.
4 Mapfre Vera Cruz Seguradora S/A
5 Unibanco AIG Seguros S/A
6 Sul América Cia Nacional de Seguros
7 Itaú XL Seguros Corporativos S/A
8 Companhia de Seguros Aliança do Brasil
9 Porto Seguro Cia de Seguros Gerais
10 Maritima Seguros S/A
Pessoas
1 Bradesco Vida e Previdência S.A.
2 Itaú Vida e Previdência S/A
3 Brasilprev Seguros e Previdência S/A
4 Caixa Vida e Previdência S.A.
5 Santander Seguros S/A
6 Itaú Vida e Previdência S.A.
7 Itaú Seguros S/A
8 Real Tokio Marine Vida e Previdência S.A
9 Companhia de Seguros Aliança do Brasil
10 Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A
Previdência
1 Bradesco Vida e Previdência S.A.
2 Brasilprev Seguros e Previdência S/A
3 Itaú Vida e Previdência S/A
4 Caixa Vida e Previdência S.A.
5 HSBC Vida e Previdência (Brasil) S/A
6 Real Tokio Marine Vida e Previdência S.A
7 Santander Seguros S/A
8 Mongeral S/A Seguros e Previdência
9 Capemisa Seguradora de Vida e Previdência S/A
10 Sul América Seguros de Vida e Previdência S.A.

Fonte: Susep