A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

domingo, 14 de novembro de 2010

Inflação de gastos com carros acumula alta de 16,72%

Enquanto o automóvel se torna um bem cada vez mais acessível, as despesas adicionais para manutenção e conservação do carro sobem dia a dia e começam a pesar no bolso dos motoristas. Só neste ano, até setembro, os gastos extras com o veículo ficaram até 16,72% mais caros.
Foi essa a inflação dos serviços de lubrificação e lavagem na região metropolitana de São Paulo em 2010, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-IBGE). Os preços dos estacionamentos, seguros de carro, acessórios e pneus também subiram acima da inflação geral do período, que foi de 3,58%.

O curioso é que o aumento se deve justamente à ampliação da frota de veículos nas ruas. Mais de 2,8 milhões de carros novos foram vendidos entre janeiro e outubro. Assim, a demanda nas oficinas, estacionamentos e postos de gasolina cresceu, dando margem para que os empresários reajustassem os preços dos serviços.

"A venda de carros novos amplia também a comercialização de veículos usados, que são utilizados como moeda de troca nas concessionárias. E esses carros mais antigos precisam de manutenção, por isso as oficinas estão lotadas", analisou a coordenadora do IPCA do IBGE, Eulina Nunes. "E o aumento da demanda inflaciona os preços", explicou.

Frota maior

 E a tendência é que os serviços fiquem cada vez mais caros, já que a frota de veículos só deve aumentar. Desde 2003, os juros mais baixos fizeram o valor da parcela do financiamento de um automóvel novo cair 25%, segundo cálculos do Santander. Com isso, 14,2 milhões de famílias passaram a ter condições financeiras de comprar um carro novo.

"O problema é que muita gente, na hora de adquirir um automóvel, não analisa o peso que os serviços de manutenção terão em seu orçamento", afirmou a economista Luiza Rodrigues, responsável pelo estudo do Santander. "E isso pode empurrá-las para a inadimplência caso sua renda não comporte, além das prestações, os outros gastos", alertou.

Diante do aumento de preços dos serviços de conservação e manutenção, a única alternativa para os motoristas é pesquisar preços. Foi essa a receita adotada pela família do engenheiro Roberto Formolo, de 59 anos, que tem cinco carros na garagem. Os gastos com seguro foram reduzidos em 30% de 2009 para 2010 depois que Formolo decidiu pechinchar. "O valor do seguro oscila muito e fazer essa pesquisa em outras seguradoras é uma forma de negociar um bom preço", sugeriu. (AE)

Fonte: Diário do Comércio - MG | Economia | MG 

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