A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Corretores criticam projeto que muda regras no ramo de automóveis

Os corretores do CQCS criticaram bastante o teor do projeto de lei apresentado pelo deputado Sandes Júnior (PP-GO), que pretende extirpar do seguro de automóvel a cobertura pelo valor de mercado referenciado. O parlamentar sugere que o valor da indenização corresponda ao expresso na apólice, para perda total do veículo.


Segundo o corretor Moacyr José da Silva, essa proposta não tem sentido, uma vez que seguro de automóvel com valor fixo já existe. “Nós, corretores, temos a obrigação de oferecer os dois produtos ao cliente, o que chamamos de Seguro de Valor de Mercado e o de Valor Determinado. Mas, 11% dos segurados escolhem a opção do Valor de Mercado. A explicação é muito simples, principalmente porque o Seguro com Valor Determinado é de 15 a 20% mais caro”, afirma.


Já Luiz Pedro Cheloni entende que os políticos “precisam e devem se preocupar com os impostos absurdos que temos que recolher para o governo”. Ele lembra ainda que, depois da introdução do valor de mercado, acabaram os problemas nas indenizações. “Não queremos de forma alguma retroceder”, observa.


Por sua vez, Alexandre Pires sugere que corretores de todo o país enviem e-mails esclarecedores sobre o assunto para os políticos dos seus respectivos estados, de modo que todos compreendam que “quem entende de seguro somos nós”.


A notícia preocupa também a Sérgio Alcione Beluca, para quem, aprovada a proposta, “certamente haverá um significativo aumento no prêmio pago pelo segurado”.


Outro corretor, Edmilson Geraldo Lopes Ferraz, diz que esse parlamentar “não sabe o que está fazendo” e que deveria projetos sobre esse tema a cargo “do seu colega de estado, nobre deputado Armando Vergilio, nosso presidente da Fenacor”.


A corretora Claudinéia Rosetto também ficou insatisfeita com o teor do projeto. Para ela, a tabela FIPE hoje paga mais do que o valor real de mercado, já que é a mesma tabela usada para o cálculo do IPVA. Além disso, destaca que também existe a possibilidade de contratação de 110% ou até mesmo o valor determinado, entre tantas outras coberturas.


O mesmo raciocínio tem Vilson José Schneider, segundo o qual desde o ano 2000 o mercado não tem mais problemas com indenizações. “O segurado, hoje, escolhe a forma e os valores de indenização. Esse projeto só vai atrapalhar”, completa.


Fonte: CQCS

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