A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

terça-feira, 29 de março de 2011

Custo das catástrofes triplicou em 2010, e pode ser ainda pior em 2011

O custo das catástrofes de origem humana e natural triplicou no ano passado, principalmente em função de vários terremotos, e pode agravar-se ainda mais em 2011, após as tragédias no Japão e na Nova Zelândia, anunciou nesta terça-feira a seguradora suíça Swiss Re.


O prejuízo total chegou a 218 bilhões de dólares no ano passado, contra 68 bilhões em 2009, informou a Swiss Re, segunda maior seguradora do mundo.


Sobre o total do custo de 2010, as companhias de seguros tiveram que pagar 43 bilhões de dólares, uma alta superior a 60%.


De acordo com o estudo anual 'Sigma', da Swiss Re, os desastres provocaram em 2010 a morte de 304.000 pessoas - o maior número desde 1976.


O terremoto que devastou o Haiti em janeiro de 2010 foi o que mais causou vítimas, com 222.000 mortos.


Além das catástrofes naturais, fenômenos climáticos extremos também provocaram mortes e prejuízos. A onda de calor que afetou a Rússia em junho de 2010, por exemplo, deixou 55.630 vítimas fatais.


No quesito custos, o terremoto que atingiu o Chile em fevereiro de 2010 foi o desastre mais caro do ano, com um prejuízo de 8 bilhões de dólares, seguido pelo terremoto na Nova Zelândia, em setembro, que custou 4,5 bilhões.


No entanto, foram as 63 tempestades de 2010 que, em conjunto, causaram o maior dano, com 20,1 bilhões de dólares em prejuízos - em comparação, os 13 terremotos de 2010 custaram 12,9 bilhões de dólares às seguradoras.


"Apesar da atividade sísmica mundial não mostrar um aumento em longo prazo, as mortes e os danos provocados pelos tremores estão em alta", estimou um dos autores do levantamento, Balz Grollimund.


Neste sentido, a Swiss Re indicou que "2010 viu alguns dos terremotos mais terríveis da história".


O crescimento da população, em especial em áreas urbanas localizadas em zonas de intensa atividade sísmica, é responsável por esta tendência, explicou Grollimund.


As catástrofes registradas no ano passado demonstram a necessidade de "melhorar a gestão e prevenção das crises", destacou Thomas Hess, economista da Swiss Re.


Os países emergentes não estão muito cobertos pelas seguradoras, lamentou o especialista, indicando que a crescente prosperidade nestas nações, entretanto, deve melhorar a situação.


Os terremotos provavelmente vão aumentar a fatura das seguradoras em 2011. O terremoto que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, em fevereiro, pode custar entre 6 e 12 bilhões de dólares.


Os danos provocados pelo tremor seguido de tsunami do dia 11 de março no nordeste do Japão, por sua vez, devem provocar "custos de seguro elevados", principalmente em função das avaria sofridas pela central nuclear de Fukushima Daiichi (N°1), estimou a Swiss Re.


O grupo suíço calcula seus próprios custos no Japão em 1,2 bilhão de dólares.


Fonte: UOL - Notícias

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