A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

segunda-feira, 7 de março de 2011

Luz, câmera...seguros!

Em artigo sobre a importância dos seguros para a indústria cinematográfica mundial – “O seguro por detrás das câmeras”, o presidente da Allianz Seguros, Max Thierman, argumenta que os seguros têm papel fundamental no desenvolvimento e avanço da sétima arte.


“De acordo com dados da indústria cinematográfica americana, o faturamento de Hollywood atingiu US$ 10,56 bilhões – com 1,35 bilhões de ingressos vendidos em 2010. A indiana Bollywood, a segunda maior produtora de filmes do planeta, também apresenta cifras expressivas. O US$ 1,75 bilhão que arrecadou em 2006 saltou para US$ 3 bilhões em 2010. Em 2001, eram apenas US$ 617 milhões. Hoje a Índia produz 1.000 filmes por ano, contra 650 dos EUA.


Além disso, Max aponta que o circuito nacional de cinema também se depara com um dos cenários mais promissores da sua história. “O país atingiu números recordes em 2010, com faturamento bruto superior a R$ 1 bilhão e 137 milhões de espectadores. De acordo com dados divulgados pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, o total de público nas salas de cinema em território nacional cresceu 22% no ano passado, em relação a 2009, enquanto no mesmo período o faturamento teve alta de 32%”.


Para Max, não é de hoje que o sucesso do cinema nacional ultrapassa fronteiras. Na Alemanha, por exemplo, os filmes brasileiros são destaque no Festival Berlim, um dos mais importantes do mundo. Central do Brasil, em 1993, e Tropa de Elite, em 1998,  Carandiru e Cidade de Deus, os dois primeiros, respectivamente, venceram o Urso de Ouro.


“Diante de números tão expressivos, para o mercado segurador mundial e nacional a oportunidade é singular. No mundo, as principais produções cinematográficas contam com seguros há décadas, que vão desde a pré-produção e suporte até os danos materiais ou corporais causados a terceiros durante o período de gravação das filmagens. Só para citar alguns exemplos de épocas diferentes, Tropa de Elite 2 - o filme mais assistido no país com 11 milhões de espectadores -, o blockbuster Titanic e até Apocalypse Now, de 1978, por exemplo, tiveram suas filmagens seguradas”.


O executivo aprofunda a análise com outro exemplo. O filme de ação “Salt”, com Angelina Jolie no papel de Evelyn Salt, agente da CIA, foi apontado como um dos filmes de maior risco para o mercado segurador em 2010.


“É que a atriz americana dispensou dublês para as cenas de ação, incluindo as de luta, ou aquelas em que andava de moto, pulava de pontes e manuseava diversos tipos de armas. Sempre que um ator escolhe fazer as próprias tomadas de ação, aumenta o risco do filme porque não há um dublê profissional. Se os integrantes do elenco se machucarem e não puderem trabalhar a produção pode atrasar. Em um filme de grande orçamento, o custo pode chegar até US$ 250 mil de prejuízo por dia. Nesse caso, o seguro contempla a cobertura de no show que cobre esse tipo de risco”.


Em conclusão, seguros de produções cinematográficas são os ramos que devem incrementar o mercado de seguros no Brasil, principalmente, já que dificilmente hoje se pensa em fazer um filme sem contratar uma apólice. Isso se deve ao intenso crescimento da indústria cinematográfica. “A boa notícia é que o setor está preparado, contando com corretoras e seguradoras com alta capacidade de avaliação dos riscos e, no caso das seguradoras e resseguradoras, lastro suficiente para arcar com as indenizações”, sustenta Max.


Fonte: CQCS | Pedro Duarte

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