A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Resolução da ANS pode não ter eficácia

A resolução da ANS que estabelece prazos máximos para as operadoras de planos de saúde assegurar aos seus clientes a prestação de serviços e procedimentos prometidos terá êxito apenas se atingir seu objetivo maior: a ampliação da rede de cobertura garantida aos seus clientes no momento da assinatura dos contratos. Essa é a avaliação do 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, após analisar a proposta que entra em vigor, efetivamente, em 90 dias.


Para ele, que também é coordenador da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu), a medida surge no momento em que se constata a problema crescente dos usuários com a extensão da cobertura. “Hoje a ANS desconhece o número de médicos que trabalha para os planos de saúde, o que permitiria um real diagnóstico do tamanho da rede assistencial”.


Não são raros os relatos que apontam dificuldades em marcar consultas e exames ou confirmar procedimentos em hospitais ou laboratórios. “Esse problema é visível, especialmente, nos prontos-atendimentos dos planos de saúde, onde o tempo de espera por atendimento é igual ou maior que em unidades semelhantes da rede pública”, apontou.


Tibiriçá faz ainda um alerta sobre a importância dos usuários e da ANS entenderem claramente que a responsabilidade pela ampliação da cobertura é das operadoras e não dos médicos. Segundo ele, as empresas caminham na contramão das necessidades da assistência com a possibilidade de credenciamento de novos serviços fechada, com descredenciamentos constantes dos já existentes e pela fuga dos profissionais, insatisfeitos com as condições oferecidas.

Fonte: Monitor Mercantil

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