Data: 01.08.2011 - Fonte: Revista Cobertura | Camila Alcova
Aumento da renda e novos hábitos de consumo são fatores que incentivam adesão a seguro viagem
Juntamente com a agitada movimentação no setor de turismo – somente no mês de maio desse ano, conforme o Ministério do Turismo, foram registrados sete milhões de desembarques domésticos e internacionais, ante 5,6 milhões no mesmo período do ano anterior – produtos como seguro viagem e assistência viagem têm ganhado corpo no leque de proteção e cada vez mais adeptos no Brasil.
Prova disso foram os resultados dos seguros de pessoas, referentes a maio, divulgados pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), em que a modalidade de seguro viagem se destacou por conta de seus prêmios de R$ 2,9 milhões e crescimento de 87,03%.
Além disso, conforme explica o superintendente técnico de Produtos de Vida e Previdência da SulAmérica, Fabiano Lima, os brasileiros estão mais atentos às garantias que o seguro viagem oferece, tanto em relação a saúde, quanto para diversos imprevistos que possam ocorrer em outro país.
Ele comenta que a seguradora realizou uma pesquisa em 2010 com mais de 400 pessoas para identificar o perfil do viajante. Cerca de 90% dos brasileiros que aderem ao seguro têm entre 30 e 45 anos, possuem renda acima de R$ 3 mil, e procuram fazer viagens internacionais a lazer. Esses consumidores, de acordo com a pesquisa, têm maior interesse em adquirir o seguro, em comparação aos que viajam a negócios.
“Identificamos também que a maior preocupação do turista é a ocorrência de acidentes, seguida de doenças ou despesas médicas, e perda ou roubo de documentos”, acrescenta Lima.
Para Renato Spadafora, CEO da Assist Card, empresa especializada em assistência viagem, o crescimento da modalidade é reflexo do momento econômico vivido pelo Brasil, já que houve aumento de viagens corporativas e à lazer, por conta da integração com outros países e pela possibilidade das classes emergentes viajarem mais.
De acordo com Spadafora, esses fatores colaboram para a cultura de proteção à viagem, pois quanto mais as pessoas viajam e ficam expostas riscos, adquirem a consciência da importância da assistência. “Geralmente, quando o viajante passa por alguma situação de emergência e não tem plano de assistência a viagem, percebe a importância da proteção”.
Ele complementa que a cultura da assistência viagem também ganha representatividade entre os brasileiros por meio de troca de informações e referências entre amigos e até mesmo em redes sociais.
As expectativas da empresa para a modalidade são positivas. Esse ano, a operação apresentou crescimento de 45%, em comparação a igual período de 2010, e a previsão, conforme o CEO, é encerrar 2011 com 50% de crescimento, em relação ao ano passado.
As expectativas da empresa para a modalidade são positivas. Esse ano, a operação apresentou crescimento de 45%, em comparação a igual período de 2010, e a previsão, conforme o CEO, é encerrar 2011 com 50% de crescimento, em relação ao ano passado.
O superintendente da SulAmérica lembra que o ramo possibilita boas oportunidades de negócios para os corretores. “As agências de turismo e operadoras de viagem são excelentes parceiros do corretor para acessar este mercado”.
Sinistralidade
Devido ao crescimento da modalidade, o índice de sinistralidade também apresentou evolução entre 2010 e 2011. Na Interface Seguros, broker especializado em administração de seguros massificados, por exemplo, os valores superaram R$ 4 milhões, conforme o sócio-diretor da empresa, Mario Gasparini.
Ele explica que isso demonstra a valorização do segurado em relação ao seguro. “A maior incidência de sinistros está concentrada nas coberturas de cancelamento, atraso, perda e danos à bagagem, além de Responsabilidade Civil”.
Gasparini também atribui a elevação da sinistralidade aos altos volumes de vendas, mudança de hábitos de consumo dos segurados, como a antecipação de compra e consciência da importância da proteção.
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