A Superintendência de Seguros Privados regulamentou a
comercialização de microsseguros destinados à população de baixa renda. A partir
de agora, as seguradoras vão poder oferecer mais de 20 categorias de seguros com
mensalidades (apólices) entre R$ 3 e R$ 25, conforme o tipo de produto
adquirido. Já o valor da indenização também dependerá da categoria e chegará a,
no máximo, R$ 60 mil para imóveis com atividade microempreendedora. A cobertura
por morte será de R$ 24 mil. Já o reembolso de despesas com funeral, R$ 4
mil.
A ação das seguradoras vai atingir mercado consumidor de 40
milhões de pessoas, que passaram a ter recursos para investir em proteção
patrimonial e familiar. Os novos produtos estarão no mercado em três
meses.
Ao contrário dos seguros convencionais, vendidos em bancos,
seguradoras ou corretores independentes, os microsseguros terão uma distribuição
massificada.
O microsseguro terá autorização para ser vendido em
correspondentes bancários, como lotéricas e Correios, além de farmácias, bancas
de jornal, salões de beleza e supermercados. A regulamentação também criou a
figura do corretor de microsseguros, que atuará diretamente nas comunidades
pacificadas.
"São pessoas da comunidade, que têm a confiança dos moradores",
explica Eugênio Velasques, diretor-executivo do grupo Bradesco Seguros e
presidente da comissão de microsseguros da Confederação Nacional das Seguradoras
(CNSeg).
No final de 2011, a entidade iniciou um projeto-piloto na
comunidade Santa Marta, em Botafogo, de venda de seguros populares - ainda não
havia a regulamentação - com a participação de corretores locais.
Seguradoras atuam no Dona Marta
Na sexta-feira, a encarregada dos trabalhadores do Plano
Inclinado do Morro Dona Marta, em Botafogo, Karem Silva Dantas, 30 anos ,comprou
o primeiro seguro de vida. Mãe de três filhas, quis garantir a segurança das
crianças em caso de alguma fatalidade.
Após participar do curso de formação de corretores populares,
promovido pela CNSeg e Escola Nacional de Seguros, Ricardo Pires, 31 anos, já
vendeu 260 apólices em seis meses de atividade na comunidade Santa
Marta.
Segundo o corretor, os moradores ainda não têm o hábito de
investir em prevenção. "É um trabalho de formiguinha. Aos poucos, mostramos a
importância de um seguro", disse Pires.
Após a morte do tio, o porteiro Edson Barbosa dos Santos, 39
anos, comprou seguro combinado: residencial e funeral. "A minha tia não gastou
nenhum centavo com o enterro, sem burocracia nenhuma. Resolvi fazer também",
afirmou.
Data: 16.07.2012 - Fonte: O Dia Online | Economia | RJ
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