A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

domingo, 31 de outubro de 2010

Mongeral Aegon quer crescer 30%

Mongeral Aegon quer crescer 30% Meta é aumentar arrecadação em torno de 17% e crescer em vendas cerca de 25% Com faturamento de R$ 349 milhões em 2009, previsão de R$ 400,6 milhões para este ano e perspectiva de R$ 553,9 milhões em 2011, a Mongeral Aegon, que atua no segmentos de vida e previdência, espera aumentar seu market share no país. A seguradora, que em maio de 2009 firmou parceria com a holandesa Aegon (50%), espera aumentar sua participação no mercado brasileiro, que atualmente gira em torno de 5%.
Nessa linha de crescimento, a seguradora fechou o primeiro semestre de 2010 com faturamento de R$ 212 milhões, resultado que supera em 13% o de janeiro a junho de 2009. O patrimônio líquido chegou a R$ 77 milhões, 34% a mais do que o alcançado no mesmo período do ano passado. Os ativos somaram R$ 353 milhões, 21% maior do que o registrado em 2009. As reservas técnicas ficaram em R$ 209 milhões.
Com base nesses números, seu presidente Helder Molina, ressalta que a perspectiva da empresa para 2010 é de aumentar sua arrecadação em torno de 17% e crescer em vendas cerca de 25%. A Mongeral Aegon, em 2009, tinha ativos de cerca de R$ 305 milhões, provisões técnicas em torno de R$ 179 milhões, receitas operacionais de R$ 377 milhões e patrimônio líquido de R$ 70,4 milhões.
"Até o fim deste ano, a companhia pretende crescer 30% em relação aos resultados de 2009. A meta é figurar entre as cinco maiores empresas independentes de vida e previdência e chegar a 100 unidades até 2014", comentou, acrescentando que no segmento de fundos instituídos o objetivo é aumentar as novas vendas de planos em 30% e chegar aos 65 mil participantes.
Para Helder Molina o bom resultado reflete as estratégias de crescimento da companhia, feitas através de novas parcerias comerciais e novos escritórios pelo país. "Hoje somos líderes no mercado de planos de Previdência Instituídos. Temos parcerias com cerca de 187 instituidores e, até o fim do ano, pretendemos fechar mais quatro." Com 175 anos de atividade ininterrupta completados neste ano, a Mongeral Aegon, segundo ele, é a seguradora mais antiga do país, pioneira no mercado de seguros e previdência. Em todos esses anos, a companhia trabalhou muito para atualmente se orgulhar de seus números. De acordo com Molina, são 600 mil clientes e 4.000 consultores de benefícios, sendo 1.500 formados pela própria empresa mediante parceria com a Escola Nacional de Seguros (Funenseg). A Mongeral Aegon também é a primeira colocada no mercado de Fundos de Pensão Instituídos e, além do escritório em Ribeirão Preto, tem outras 54 unidades em todo o país. A meta é elevar este número para 100. A Mongeral Aegon também está entre as 10 maiores seguradoras independentes do país e é a primeira colocada no mercado de Planos de Fundo de Pensão Instituídos.
Nesta entrevista ao repórter Marcelo Bernardes do jornal MONITOR MERCANTIL, Helder Molina fala sobre produtos, previdência, vida, microsseguro, além da importância da associação com a empresa holandesa Aegon. Na sua opinião, qualquer que venha ser o presidente do Brasil para os próximos quatro anos não irá modificar radicalmente a economia brasileira, que se encontra madura e em desenvolvimento.

Qual o destaque da Mongeral Aegon na área de Previdência?
- Primeiro, o que é previdência? Para nós, é uma coisa mais ampla do que só planos de acumulação. É cobrir todos os três riscos sociais a que qualquer indivíduo está exposto: morte, invalidez e sobrevivência. Então, vemos a previdência de forma diferente do mercado. Ser previdente é você chegar para uma família e entender as necessidades que ela tem, não só em produtos de acumulação, que na verdade são puramente produtos financeiros, e sim cobrir os riscos que essa família está exposta no caso de morte prematura, invalidez e sobrevivência. Aí, sim, são produtos que ela (família) tem que pensar em sua aposentadoria.

A seguradora está lançando algum produto novo?
- A Mongeral Aegon está lançando diversos produtos e procurando cobrir os três mercados que existem: alta, média e baixa renda. Isso quer dizer que a Mongeral Aegon possui linhas de produtos para atender a esses três mercados.

Como estão os planos de previdência. Tem havido evoluções?
- Os produtos de previdência terão que baixar as taxas. Com uma inflação baixa, não dá para cobrir as taxas que são aplicadas atualmente. O produto acaba ficando inviável. É melhor colocar o dinheiro na poupança se continuar com essas taxas que são praticadas hoje pelo mercado

Nesses 175 anos de atuação no mercado qual foi a grande mudança que a empresa constatou na área de seguros?
- O brasileiro está cada vez mais despertando a necessidade de cobertura desses riscos. Claro, o cliente sempre procura olhar mais para aposentadoria porque ninguém gosta de falar em morte ou invalidez. Não é agradável. Ninguém acorda com vontade de comprar um seguro de vida. Mas, acorda preocupado com uma boa aposentadoria. Falando só em aposentadoria não estamos resolvendo os problemas do cliente.

Explique melhor?
- O importante é analisarmos, na verdade, que mudanças não aconteceram nesses 175 anos. A mudança que não aconteceu foi exatamente a Mongeral Aegon fazer o que sempre fez desde sua fundação, que é cobrir os três riscos sociais. Isso é o que faz essa companhia. É o diferencial enorme, fazer a mesma coisa desde a sua criação. Só que faz isso com inovação. É você não ser olhado como uma empresa antiga mas como uma empresa de vanguarda.

Qual foi o segmento que a Mongeral Aegon tem apostado suas fichas?
- A Mongeral Aegon tem desenvolvido bastante seu mercado na venda de produtos para funcionários públicos, civis e militares e, também, para o mercado aberto, além de profissionais liberais. Nossa tendência é de investir muito no segmento de funcionalismo público que é, na verdade, como começou a Mongeral. Então, o conhecimento da companhia com essa área é grande e pretendemos explorar mais esse segmento.

Como se divide o plano Toda Vida?
- O Master representa muito para companhia. Depois vem o Homem, Mulher e, por fim, o Júnior. O mercado como um todo é assim, com a exceção do Master. A tendência desses mercado é crescer mais no Júnior. Uma grande parcela de nossas vendas estão no Master, que atende pessoas com mais de 60 anos.

As empresas estão aderindo ao plano Vida Empresarial?
A Mongeral Aegon tenta desenvolver um produto alinhado para as categorias profissionais. Esse nosso segmento, que é médio, tem boas taxas, bons produtos para esta classe. O produto vem crescendo na ordem de 30% ano.

A Mongeral Cred tinha uma parceria com o Unibanco. Vai continuar com o Itaú?
- Também temos uma parceria com o Itaú e mais cinco instituições financeiras (BMG, Banco Votorantim, BGN, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal)

A seguradora comprou a carteira de Vida do Icatu. Essa aquisição está correspondendo as expectativas da empresa? E o investimento feito nessa aquisição?
- Sim. É a carteira de riscos individuais. É uma carteira que está melhor, até o momento, do que o esperado quando nós fizemos todas as projeções. Quanto ao investimentos, realizamos em pessoal e em infra-estrutura para podermos absorver essa carteira do Icatu.

O que a holandesa Aegon trouxe de novo para a Mongeral?
- Primeiro é o fato de termos a possibilidade de troca com a vinda da Aegon, que disponibiliza tudo que tem lá fora. São mais de 25 países. Com isso, temos acesso a essa experiência, o que é muito bom porque inclui novos produtos, novas tecnologias e novos sistemas. Isso tudo está à disposição da Mongeral. A Aegon detém 50% da Mongeral e esperamos que, com essa parceria, nosso market share aumente. Se ele hoje está crescendo acima do mercado, certamente aumentaremos nossa participação.

A Mongeral tem interesse em atuar na área de saúde?
- Não. O foco da empresa hoje é vida.

Qual a sua opinião sobre o esforço de se implantar o microsseguro?
- O microsseguro no Brasil só conseguirá ser implantado se tiver uma legislação especial, uma forma de distribuição diferente, uma forma de cobrança diferente e o governo incentivando com isenção de impostos. Certamente vai ser um grande mercado a ser explorado. Caso contrário, eu não acredito nesse segmento. Se tiver uma regulamentação especial, a Mongeral vai estudar essa possibilidade.

Fonte: MONITOR MERCANTIL

Nenhum comentário:

Postar um comentário