A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

sábado, 15 de janeiro de 2011

Foco em auto e renovação alta compõem perfil de corretoras paulistas

O estudo Perfil das Empresas Corretoras de Seguros (PECS), realizado recentemente pelo Sindicato dos Corretores de São Paulo (Sincor-SP) com 1.121 corretoras do estado - 766 associadas e 355 não-associadas -, confirma algumas tradições e revela outras novidades. De acordo com o economista Francisco Galiza, coordenador da pesquisa, o objetivo do estudo foi fazer uma análise das corretoras de seguros de São Paulo, por meio de um questionário enviado por mala-direta e pela Internet. O retorno de 20% entre sindicalizados e 5% não-sindicalizados é "um número muito bom", na opinião do economista.
De acordo com o estudo, cerca de 40% das corretoras do estado foram criadas entre 10 e 20 anos atrás. A maior parte dos clientes dessas corretoras é pessoa física (entre 70% e 80%), com maior preponderância no interior, em 66% das corretoras, contra 63% da capital. Para Galiza, o dado expõe o desafio de aumentar o número de clientes pessoas jurídicas entre essas empresas.
A maioria das empresas corretores de seguros tem um faturamento menor do que R$ 120 mil por ano (cerca de 40% do total da amostra). Logo em seguida, vêm as corretoras que faturam de R$ 121 mil a R$ 240 mil por ano, que representam 26% do total. Apenas 2% obtêm faturamento acima de R$ 2,4 milhões. No quesito "distribuição de receitas", o estudo comprovou que 58% em média da receita das corretoras vêm do ramo automóvel, 16% de ramos elementares, 8% de saúde, 9% de vida, 2% de previdência e 7% de outros ramos.
Na comparação por região geográfica, o estudo detectou que a carteira de automóvel é a mais importante no perfil das corretoras do interior - 61% contra 55% da capital. No caso do seguro saúde, por exemplo, a capital responde por 12% contra 5% do interior. "Possivelmente, a menor presença do seguro-saúde no interior do estado se deve às características deste negócio na região, ou seja, muitos convênios hospitalares", diz Galiza.
Cliente é do corretor
Outro destaque do PECS está na renovação de 90% das carteiras de seguros, em 60% das corretoras do estado, o que indica que o segurado é cliente do corretor e não da seguradora. Na análise dos dados, quase a metade das corretoras de seguros opera com 4 a 6 seguradoras. Na capital, as corretoras operam com menor número de seguradoras. Já em relação ao patrimônio líquido, conforme as respostas, 75% são de empresas com patrimônio líquido menor do que R$ 100 mil, proporção que se manteve tanto na capital quanto no interior.
Um dado interessante é que, tanto na capital como no interior, a qualificação profissional e o conhecimento dos produtos são os fatores mais importantes na determinação do sucesso profissional para 65% dos corretores que responderam a pesquisa. Atualmente, quase 60% das corretoras já são geridas por profissionais que possuem, no mínimo, o curso superior completo.
Esta situação é idêntica no Interior e na Capital. "Ou seja, fica difícil para um corretor despreparado tecnicamente obter sucesso no seu empreendimento", analisa Galiza. Em um segundo nível de importância vem a concorrência desleal, o preço diferenciado e a venda casada. Na capital, porém, estes últimos fatos ganharam maior relevância. Por exemplo: os fatores concorrência desleal e venda casada ganharam maior importância na opinião dos corretores paulistanos.
O estudo descobriu, ainda, que os sócios de 20% das corretoras também são proprietários de outro negócio; a maioria das corretoras de seguros trabalha com 3 a 5 funcionários (incluindo sócios e parentes); 75% em média das empresas já dispõem "software" de gerenciamento e 70% já possui "site". Mais detalhes da pesquisa estão disponíveis no site do Sincor-SP (www. sincorsp.org.br)


Fonte: Midiaseg

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