O Brasil ganhou, desde 2006, 40 milhões de pessoas com novo poder de consumo, em inédito movimento de ascensão social. Além disso, a população tem hoje idade média de 28,8 anos – perfil etário que deve evoluir para 46,6 até 2050. Esse fenômeno é chamado de “bônus demográfico” pelos economistas e será o motor do crescimento brasileiro nas próximas três décadas.
Essas conclusões foram apresentadas pelo presidente da Bradesco Seguros, Ricardo Saad. O executivo reforça que o país conta agora com um contingente de pessoas que corresponde a uma Espanha inteira, assim como uma evolução demográfica e etária que se encaixam perfeitamente com as demandas de um consumidor tradicional de todos os produtos, incluindo os seguros.
Nesse contexto, segundo Saad, as oportunidades podem ser verificadas ao se analisar a distância entre a força econômica do país, que é a 8ª. economia do mundo, e a posição alcançada pelo mercado de seguros, apenas a 15ª, em nível global. “Estamos muito próximos de ultrapassar o PIB da Itália. O cenário é, portanto, bastante favorável”, acrescenta.
Desigualdades e desafios
O presidente da Bradesco Seguros aponta, entretanto, que é preciso superar as desigualdades, mencionando, como entraves do desenvolvimento, a concentração de riqueza no Sudeste (56% do PIB) e a falta de mão de obra qualificada nas mais diversas atividades.
“Apesar do baixo índice de desemprego na casa dos 6%, que significam emprego pleno, temos déficit profissional em quase todas as áreas, tais como de engenheiros, médicos e pilotos, entre outros”, comenta Saad.
Mesmo assim, as projeções indicam forte aceleração da economia no Norte e Nordeste, que têm estados com potencial de crescer três vezes acima da média nacional, além da região Sul, que deve saltar de 16% para 19% na participação do PIB, nos próximos cinco anos.
“O consumo mudou de patamar e o maior desafio hoje é descobrir como acoplar a expansão econômica do país com o crescimento do mercado de seguros, atraindo os novos 40 milhões de consumidores. Esse é o nosso grande e principal objetivo”, conclui.
Fonte: CQCS | Pedro Duarte
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