A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Seguro oferece baixo risco, diz especialista

O presidente da Canadian Life and Health Insurance Association, Frank Swedlove, sustentou que o mercado segurador é alvo de menos tentativas de lavagem de dinheiro do que outros setores financeiros em todo o mundo, em razão da própria natureza da atividade. De passagem pelo Brasil, onde participou do 5° Seminário de Controles Internos, Auditoria e Gestão de Riscos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), em São Paulo, ele classificou a atividade de seguros como de baixo risco para lavagem de dinheiro ou ações de financiamento ao terrorismo, conforme noticiado no site Viver Seguro da CNSeg.


Swedlove já presidiu o Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), órgão responsável pela formulação de 40 recomendações de combate à lavagem de dinheiro no mundo e de outras nove contra o financiamento ao terrorismo, seguidas por 34 países signatários da entidade, inclusive o Brasil.


No encontro em São Paulo, o especialista contou que a tentativa de lavagem de dinheiro no mercado de seguros fica mais concentrada em ramos que acumulam capital.


Ou seja, planos de previdência e seguros de vida com cláusula de sobrevivência.


EXCESSO. Para o presidente da Comissão de Controles Internos da CNSeg, Assízio Oliveira, as normas no Brasil precisam ser reavaliadas. Ele entende que o excesso de notificações das seguradoras (177.178 de janeiro a julho) tem relação direta com a falta de uniformidade da legislação.


"O banco não precisa comunicar um CDB de R$ 1 milhão, mas a seguradora tem de informar um VGBL do mesmo valor, embora ambos sejam investimentos", exemplificou o executivo.


Assízio Oliveira acredita que "alguma coisa está errada", considerando que o mercado bancário, que oferece mais risco de lavagem de dinheiro, comunica menos ao Coaf (21.121 notificações até julho) que o setor de seguros.


Além disso, assinalou que o nível de aproveitamento dos comunicados das seguradoras é muito pequeno, lembrando que esse processo gera custos.

Data: 09.09.2011 - Fonte: Jornal do Commercio RJ

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