A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

sábado, 7 de julho de 2012

Mudanças no setor influenciam perfil dos profissionais e modelo de gestão de pessoas

A FLOW, consultoria de recrutamento de executivos especializada em alta direção, realizou uma pesquisa sobre o mercado de seguros no Brasil: recrutamento e remuneração. A pesquisa foi baseada em dados coletados diretamente com cerca de 200 profissionais que representam 16 das principais seguradoras, resseguradoras e corretoras no País.

De acordo com o estudo, por conta da abertura do mercado de resseguros, com a quebra do monopólio do IRB, a indústria de seguros de infraestrutura, construção e propriedade vem passando por mudanças significativas. Grandes corporações multinacionais do segmento miraram o Brasil como um dos principais países para expansão dos negócios. Por outro lado, empresas nacionais se fortaleceram por meio de fusões e parcerias, a fim de fazer frente ao aumento da concorrência. O mercado viu, em pouco tempo, uma explosão de crescimento, investimentos, criatividade e competição. Uma combinação inédita até então. É estimado que, entre 2008 e 2011, o número de empresas do setor mais que dobrou e esse não foi o único fator que acirrou a concorrência.

A inserção cada vez maior do Brasil no cenário mundial de seguros gerou uma pressão por mudanças nas empresas que já atuam no País, tornando, assim, o setor mais dinâmico, relevante e atrativo. Entre elas, foram destacadas:

- Inovação e desenvolvimento de novos produtos: a internacionalização do mercado brasileiro possibilitou a vinda de novas tecnologias voltadas para comercialização, sistemas e processos, além de permitir que novas coberturas e condições pudessem ser oferecidas aos clientes locais;

- Busca constante por competitividade: movimentos de fusões/aquisições, parcerias operacionais e o ingresso de grandes bancos de investimento foram algumas das iniciativas para buscar diferenciação e produtividade;

- Maior embasamento técnico no processo decisório: subscritores, engenheiros de riscos e atuários ganharam mais destaque e importância na gestão das empresas, o que pode ser visto pela evolução de mais de 100% na média da remuneração nestas áreas entre os anos de 2008 e 2011.

De acordo com a pesquisa, o dinamismo e as transformações pelas quais o setor vem passando acabaram por influenciar não só o perfil dos profissionais de uma forma geral, mas também o próprio modelo de gestão de pessoas nas empresas.

Entre as tendências estão:

- Busca por um novo perfil de profissional: a aproximação das áreas técnicas e comerciais demanda perfis híbridos que combinem forte base técnica com habilidades comerciais e de comunicação. Fluência em inglês também é necessário;

- Retenção via planejamento de carreira: cerca de 60% dos profissionais que buscam recolocação no mercado o fazem pelo fato de não terem claras suas oportunidades de crescimento profissional onde trabalham. Com isso, as empresas perceberam que incrementos salariais por si só não resolveriam as questões de atração e retenção. RHs, CEOs e diretores de área tiveram que se engajar para fortalecer a comunicação interna e desenvolver lideranças inspiradoras. O engajamento das áreas também teve como objetivo a estruturação de planos de sucessão focados no desenvolvimento e na gestão da carreira de colaboradores;

- Aumento de remuneração e políticas de remuneração variável: consequência natural pela briga por talentos e pela percepção de que os principais ativos das empresas do setor são bastante assediados e acabam se movimentando num período muito curto.


Data: 06.07.2012 - Fonte: Revista Apólice

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