A corrida para excelência não tem linha de chegada.
David Rye

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Seguradoras miram classes C e D

Com o expressivo aumento do poder de compra das famílias pertencentes às classes C e D, promovido neste ano principalmente devido à expansão do emprego, as seguradoras passam a ver esse nicho com outros olhos.

"Queremos mostrar ao público a importância de se precaver contra determinados riscos. No ano que vem, vamos apostar na venda de produtos como o seguro de vida, que é possível adquirir a partir de R$ 9 mensais, e está disponível tanto em lojas de departamento como em companhias aéreas, o seguro funeral e o garantia estendida", conta o presidente da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), Jorge Hilário Gouvêa Vieira.

Outro produto que deve cair como uma luva para essa faixa de renda é o seguro popular de automóvel, que depende de lei a ser aprovada no Senado no primeiro trimestre do ano que vem. De acordo com a lei, sinistros em carros de seis a 15 anos de idade poderão ter em seu conserto o uso de peças usadas certificadas. A CNSeg pleiteia, ainda, redução do IOF para o seguro do usado. Ambas as medidas resultarão em queda de 30% no preço da apólice.

Calcula-se, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que essas classes C e D representem 145,4 milhões de pessoas. Ou seja, existe um grande nicho a ser explorado aí.

NA REGIÃO - A Mongeral Aegon Seguros e Previdência, presente em São Bernardo desde 2005, tem como carro-chefe, além dos planos de previdência, os seguros de vida. Como não tem a capilarização das agências para vender, pois não é associada a banco, realiza parcerias com entidades de classe para disseminar seu produto e aposta no treinamento de corretores para conquistar mercado.

"Geralmente os seguros de vida são oferecidos para quem tem, no máximo, 65 anos. Nós temos planos que vão de 61 a 85 anos como prazo limite para contratação", explica Rogério Sevilha, gerente sucursal.

Sevilha conta que a modalidade vem ganhando força nos últimos três anos. Por isso, diversifica seus produtos, oferecendo também seguros sob medida para policiais, bombeiros, agentes de segurança e tripulantes. "Um policial, por exemplo, se morre durante um bico que ele esteja fazendo, ou à paisana, sua família consegue receber algo por conta do seguro."

A Mongeral oferece, ainda, o seguro de vida resgatável, em que, se o segurado não morrer, pode resgatar o valor. Em breve, a segmentação será maior, pois serão lançados produtos específicos para a baixa renda, que não podem ser divulgados,

O Grande ABC concentra atualmente 30 mil clientes - 5% - da carteira da Mongeral. "Esperamos crescer 25% na região neste ano", diz Sevilha.


Fonte: Diário do Grande ABC 

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